quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Encontrado primeiro tubarão híbrido



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Este tubarão híbrido contém tanto o DNA do tubarão-de-ponta-negra comum quanto o do australiano. Crédito: Getty Images.
Na última terça-feira, cientistas afirmaram que descobriram o primeiro tubarão híbrido do mundo em águas australianas, um provável sinal de que os predadores podem estar se adaptando às mudanças climáticas.
O cruzamento do tubarão-de-ponta-negra comum com o australiano foi uma descoberta sem precedentes que atinge todo o universo dos tubarões, como destaca o pesquisador Jess Morgan.
“É surpreendente porque ninguém nunca viu tubarões híbridos antes. Não é uma ocorrência comum em nenhum aspecto”, disse Morgan, da Universidade de Queensland.
“É a evolução em ação”.
Colin Simpfendorfer, da Universidade James Cook e parceiro na pesquisa de Morgan, disse que os primeiros estudos sugerem que a espécie híbrida é relativamente robusta e que há 57 espécimes de gerações diferentes.
A descoberta foi feita durante um processo de catalogação da costa leste da Austrália em que testes genéticos mostraram que alguns tubarões tinham características físicas de uma espécie, apesar de pertencerem geneticamente a outra.
O tubarão-de-ponta-negra australiano é um pouco menor que o comum e só consegue viver em águas tropicais, mas a espécie híbrida foi encontrada a 2 mil quilômetros da costa, em águas mais frias.
Isso significa que o tubarão-de-ponta-negra australiano pode estar se adaptando para garantir sua sobrevivência à mudança de temperatura da água provocada pelo aquecimento global.
“O cruzamento com a espécie comum permite que os animais sobrevivam em águas mais frias, então seu efeito é a colonização”, ressalta Morgan.
“Isso permitiu que uma espécie restrita aos trópicos chegasse a águas mais temperadas”.
A equipe acredita que as mudanças climáticas e a pesca sejam alguns dos prováveis causadores da aparição dos tubarões. Há planos de um mapeamento genético para que seja possível examinar se o processo de cruzamento é antigo e só foi descoberto agora ou se é um fenômeno recente.
Se os híbridos forem mais fortes que os animais da espécie pura – mais bem adaptados ao meio – poderão substituir os antepassados de sangue puro, destaca Simpfendorfer.
 “Não sabemos se este é o caso, mas sabemos que isso é viável, que eles se reproduzem e que há múltiplos descendentes híbridos pelo que encontramos no mapa genético desses animais”, disse.
“Sem dúvida, esses animais parecem muito bem adaptados”.
O número de híbridos é abundante, representando até 20% da população de tubarões-de-ponta-negra em algumas áreas. Mas Morgan disse que, aparentemente, esse fato não implica na diminuição dos indivíduos de sangue puro, o que é ainda mais misterioso.
Simpfendorfer disse que o estudo, publicado no fim do mês passado na Conservation Genetics, poderia desafiar ideias tradicionais de como tubarões costumavam se desenvolver e continuam se desenvolvendo.
“Nós achávamos que entendíamos como as espécies de tubarões haviam se dispersado, mas isso nos mostra que provavelmente não compreendemos todos os mecanismos que mantêm as espécies de tubarões dispersas”, ressaltou.
“Fato é que isso pode estar acontecendo em outras espécies, além dessas duas”.

5 avanços tecnológicos para 2012



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Crédito: LG.
Fazer listas dos produtos tecnológicos dos sonhos é fácil. Jetpacks, interfaces de computador que funcionam por meio de ondas cerebrais e energia de fusão são algumas coisas que sempre estiveram no topo da lista, mas não muito perto de se tornarem realidade. Um olhar mais apurado, no entanto, mostra que objetos de alta tecnologia há muito desejados têm grandes chances de chegar às prateleiras neste ano, mesmo com um preço pouco acessível.

1. TVs em 3D que não exigem o uso de óculos: Esta é minha aposta mais segura, já que a Toshiba acabou de lançar, na Europa, uma TV de 50 polegadas com alta definição que não exige óculos para visualização de efeitos em 3D. Mas esse aparelho com resolução 4K exige uma conta bancária generosa que pague o preço estimado de 7.999 euros, cerca de 21 mil reais.
O que ninguém sabe direito é qual será a tolerância desse efeito à variação de ângulos de visão. O protótipo que vi no Consumer Electronics Show do ano passado só funcionava se você estivesse em locais marcados com fita isolante. Outra questão é a demanda do serviço: os clientes não parecem muito interessados em gastar tanto com essa tecnologia.

2. Célula combustível portátil: Não é nenhum Mr. Fusion como o do filme De Volta Para o Futuro, mas uma célula combustível que usa hidrogênio para criar eletricidade pode ser algo tão bom quanto. Estamos a caminho de usar a tecnologia que dava energia para os sistemas dosônibus espaciais em nossos laptops ou celulares. A Apple registrou duas patentes relacionadas à tecnologia de células combustíveis para baterias, e a MyFC, com sede em Estocolmo, anunciou o lançamento de uma célula combustível em formato de disco chamada PowerTrekk, no fim deste ano, por 199 euros (aproximadamente 600 reais). É claro, baterias solares podem custar bem menos, mas não são muito adequadas para o estudo de cavernas.

3. E-Ink em cores: Os 16 tons de cinza dos dispositivos “e-ink” podem funcionar para a leitura de romances, mas não farão tanto sucesso com guias de viagem, livros escolares e outros gêneros populares. Por enquanto, a tela LCD a cores de tablets como o iPad e o Kindle Fire da Amazon consomem muita bateria.
E-Ink, a companhia por trás da escala de cinza do antigo Kindle da Amazon e de outros e-readers, está trabalhando em uma versão colorida chamada E-Ink Triton, que já foi lançada em um e-reader da Ectaco (quem?). Outra versão é a da Qualcomm: a tecnologia da tela Mirasol me impressionou quando vi sua demonstração de funcionamento em Washington, em abril de 2010, mas, desde então, ela só foi usada em um tablet muito ruim.

4. Celulares LTE com bateria mais duradoura: Falando em baterias, o grande motivo para celulares LTE (Long Term Evolution) precisarem ser recarregados com tanta frequência é a energia necessária para o funcionamento de dois chips separados: um para o rádio LTE e outro para o 3G do telefone. Essa combinação utiliza mais energia e ocupa um espaço que impossibilita uma bateria maior. Neste ano, sistemas LTE e 3G com um único chip deverão ser disponibilizados.

5. Telas grandes de OLED: O diodo orgânico emissor de luz permite a criação de TVs de tela plana ridiculamente finas – vi um protótipo da Sony em 2007 que media um oitavo de polegada de largura. Agora o OLED deve finalmente ser usado em telas maiores. A LG e a Samsung planejam lançar TVs de OLED de 55 polegadas neste ano... por modestos 8 mil dólares.
Quanto você pagaria pela TV mais fina do mercado? TVs de LCD mais antigas de 55 polegadas saem por menos de mil dólares hoje em dia. Talvez seja melhor esperar pelo lançamento de uma TV de OLED flexível primeiro.
São possibilidades fascinantes e espero ver algumas delas disponíveis em breve. Mas não posso negar a possibilidade de criar uma versão deste post em 2013 na qual alguns desses produtos ainda estejam anunciados como “lançamentos futuros”.

Navio encalhado parte-se em dois na Nova Zelândia



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Crédito: Marinha da Nova Zelândia.
Os restos do navio de carga grego Rena, que encalhou depois de chocar-se contra um recife no litoral da Nova Zelândia, partiu-se em dois no fim de semana passado, lançando ao mar containeres e destroços, e despertando o temor de um novo derramamento de petróleo. Nesta foto de 8 de janeiro de 2012, pode-se observar os restos do navio naufragado. 
O Rena encalhou em um recife localizado a 14 millas do porto de Tauranga, em 5 de outubro de 2011, derramando toneladas de petróleo no mar, que atingiram as praias paradisíacas da região e mataram mais de 20 mil aves marinhas.
O acidente foi descrito como o pior desastre ambiental marinho da Nova Zelândia. Apesar dos esforços para evitar o acidente, aproximadamente 400 toneladas de óleo ainda permanecem a bordo – e podem ser derramadas no oceano.