sábado, 15 de outubro de 2011

Google Plus, o novo rival do Facebook?


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Crédito: Smemon Photography/Creative Commons
Por Cristiane Nunes
Quinta, 14 de julho de 2011
Estava demorando, mas eis que o Google lançou uma rede para rivalizar com o Facebook: o Google Plus (ou Google+).  Lançado dia 28 de junho, a nova rede social ainda é restrita a convidados. Por ironia, a pessoa mais seguida no Google Plus é Mark Zuckerberg, o criador do Facebook. Os sócios do Google aparecem logo abaixo no ranking dos mais seguidos.
No entanto, o Google aposta no novo projeto para abalar o império do Facebook. Começando pela interface gráfica, que já chama a atenção por ser diferente do rival, além de novas ferramentas. Conheça algumas:
Circles
A ideia é classificar seus amigos de acordo com os círculos sociais, assim como na vida real: família, colegas de trabalho ou de faculdade, e até mesmo pelo grau de proximidade. A partir dos “círculos” você decide que informações quer compartilhar com cada grupo.
Sparks
Lembra das comunidades do Orkut? A função do Sparks é diferente, mas a intenção de agregar gostos e afinidades é semelhante: com essa ferramenta fica mais fácil encontrar interesses em comum entre amigos e informações que foram compartilhadas sobre determinado assunto. O que o Google quer é dar um empurrãozinho para encorajar as pessoas a iniciarem conversas sem ter que se preocupar em ficar caçando assunto.
Hangouts
O Google Plus não oferece apenas um simples chat, e sim, videoconferência entre seus amigos. Esta ferramenta permite conversas com uma ou mais pessoas, basta estar disponível e esperar que algum amigo o chame. (OBS: O Facebook para não ficar para trás, lançou esse mesmo recurso de videoconferência uma semana depois em uma parceria com o Skype).
Huddle
Eventos? O Huddle, na verdade, está mais para um chat. Você pode combinar um encontro com seus amigos e ir se comunicando com eles por meio dessa ferramenta, que permite troca de informações: quem vai, como está o lugar, que horas você vai chegar, etc.
Instant Upload
O Instant Upload pula uma etapa: você tira suas fotos normalmente pelo celular, mas elas podem ser automaticamente enviadas para o Google Plus. Para quem adora compartilhar tudo, fica bem mais prático.
Location
Lembra o Foursquare. É um recurso para dizer aos seus amigos onde você está. Ah, sim, dá para escolher se quer ativá-lo e com quem quer compartilhar.

Enquanto o Google Plus não é aberto ao público, você pode se cadastrar para aguardar um convite pelo site: http://services.google.com/fb/forms/googleplusptbr/

Steve Jobs e sua visão da Apple

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Crédito: AP Photo/Paul Sakuma
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Poucos executivos são pagos por serem a razão principal do sucesso de seu empregador: “a empresa, c'est moi!”.  Steve Jobs teve mais de um razão para fazer tal reivindicação – ainda assim, recebia um salário de US$ 1 desde 1997, quando retornou à empresa que ajudou a fundar em 1º de abril de 1976.
Assim era Jobs. E por isso chocou a todos quando renunciou ao cargo de CEO da Apple com uma declaração curta, dizendo que “não poderia mais cumprir com deveres e expectativas”. Jobs, que lutava contra um câncer no pâncreas desde 2004 e sofrera um transplante de fígado em 2010, passou o bastão ao então diretor operacional, Tim Cook, que já havia assumido a direção da Apple nas licenças médicas anteriores.
Vejamos como Jobs fez a diferença desde que voltou à companhia em 1997. Na época, a Apple vendia computadores caros e sem graça, com um sistema operacional ultrapassado que parecia incapaz de substituir.
Ao ser readmitido, Jobs ignorou a maioria dos conselhos e levou a empresa a uma extraordinária reinvenção. Três histórias talvez lancem alguma luz sobre seu desempenho como perfeccionista-chefe, apresentador-chefe e editor-chefe.
Em 2001, quando a Apple abriu suas lojas, Jobs foi a Washington para inaugurar o primeiro centro de compras em Tysons Corner. Em uma conversa curta, o CEO falou animadamente sobre o sofisticado sistema de aquecimento, ventilação e ar-condicionado da loja.
De fato, Jobs era um mago dos detalhes: o computador, seu software, a própria loja em que era comercializado e até o sistema de ar condicionado, tudo importava. Jobs via a Apple como uma obra de arte integrada.
Em 2005, a formatura de minha cunhada na Universidade de Stanford permitiu que eu assistisse ao discurso de Jobs. Em uma declaração sincera e emocionante, ele relatou que seus infortúnios – abandonar a universidade, ser demitido da Apple em 1985 e ser diagnosticado com câncer anos anes – o obrigaram a se reavaliar e a criar novas oportunidades.
Hoje, a Apple vive e prospera por meio dessa doutrina de reinvenção forçada. Um dos motivos eram as esperadas e incansavelmente ensaiadas apresentações de Jobs a cada novo produto. Poucos executivos, talvez nem Cook, se comparavam a ele nesse quesito.
Nos últimos anos, Jobs começou a responder a e-mails aleatoriamente, e suas respostas lacônicas inevitavelmente caíram na rede. Quando uma delas foi citada erroneamente, decidi mandar um e-mail a Jobs para perguntar se havia algum meio de provar a autoria daquela mensagem.
Jobs mandou uma resposta monossilábica: “Não”.
Essa réplica resume a abordagem de Jobs em relação ao design, algo que seus competidores muitas vezes não percebem: reduza tudo ao essencial.
Os valores de Jobs estão profundamente arraigados na Apple, e sua morte não deve ocasionar grandes mudanças. Um ex-funcionário da Apple certa vez relatou a ambição de um velho amigo na empresa: fazer algo suficientemente importante a ponto de fazer Steve gritar com ele. Esta é a empresa que a Apple se tornou.
Discurso de Steve Jobs realizado em 2005 na Universidade de Standford, em Palo Alto, Califórnia, EUA:








fonte:http://blogs.discoverybrasil.uol.com.br/noticias/atualidades/

Física derruba mitos do beisebol

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Crédito: Getty Images.

Quando um jogador de beisebol se aproxima da base do rebatedor, precisa ter física a seu favor para marcar um ponto. Mas a feliz colisão entre a bola e o bastão depende de muitos fatores complexos.
Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Ciência Esportiva da Universidade do Estado de Washington explora a complicada relação entre a bola e o bastão de beisebol, derrubando alguns dos maiores mitos do esporte.
Como esclareceu um artigo recente no American Journal of Physics, as bolas e os bastões geralmente mantêm uma relação física não elástica, o que significa que a energia cinética enquanto estão em movimento não se mantém depois da colisão.
Mas isso certamente não impede que se façam ajustes nas bolas e bastões para aumentar a elasticidade de sua parceria. O segredo é fazê-lo dentro das regras, é claro.
Por exemplo, quando o astro da liga principal Sammy Sosa foi flagrado com um bastão de madeira repleto de cortiça em 2003, acreditava-se que substituir o recheio do bastão com um material mais leve, como a cortiça, possibilitava que as bolas fossem lançadas a uma distância maior.
Mas durante os testes, os cientistas não conseguiram confirmar isso. Ao contrário, eles perceberam que o coeficiente de restituição (CR) das bolas e bastões, uma comparação entre as velocidades dos objetos antes e depois da colisão, permaneceu similar ao longo dos testes, já que a troca de energia entre os dois materiais foi praticamente a mesma. Há outra razão para os jogadores preferirem bastões de cortiça. Como são mais leves, os jogadores podem girar mais rapidamente, o que pode ocasionar um contato melhor com a bola, e mais pontos no jogo. Neste caso, a distância não é a vantagem, mas a velocidade do giro.
Os pesquisadores também compararam bolas de beisebol da década de 70 com as de 2004, e encontraram pequenas diferenças entre seus coeficientes de restituição, apesar das reclamações de que as bolas modernas seriam mais comprimidas para se tornarem mais elásticas.
A equipe de pesquisadores também avaliou se a temperatura e a umidade afetam a física do jogo. Para isso, estudaram bolas manipuladas em condições controladas de umidade, para impedir que fossem lançadas a distâncias maiores em locais altos, como o estádio Coors Field, nas Montanhas Rochosas, no Colorado. Embora outros mitos do beisebol continuem de pé, a equipe confirmou em uma pesquisa anterior que a umidade e a temperatura reduzem o coeficiente de restituição das bolas e reduz sua velocidade.
Vídeo da Universidade do Estado de Washington:
 

“Ocupe Wall Street”: por que os manifestantes escolheram o Tumblr


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Crédito: Getty Images.
Há alguns meses, o Facebook e o Twitter desempenharam um papel crucial na mobilização de manifestantes no Irã, Egito e Tunísia. Agora, o Tumblr foi apropriado de forma singular pelo movimento de protesto Ocupe Wall Street, que vem reunindo manifestantes em Nova York, Boston e Chicago para desafiar a influência do dinheiro das grandes corporações sobre o governo e criticar o crescimento da desigualdade social e econômica.
Híbrido de plataformas comuns de blogs, como Typepad e Wordpress, e do microblog Twitter, o Tumblr permite que os usuários postem fotos, vídeos, e mensagens, compartilhando-as com pessoas que não conhecem.
O site mostrou ser uma grande força de apoio aos protestos do Ocupe Wall Street, ampliando o número de participantes de apenas algumas dezenas de pessoas em setembro para milhares na semana passada, quando vários sindicatos locais se reuniram para marchar pela Broadway.
"Tecnologias como o Tumblr são ferramentas fantásticas, que inspiram e aglutinam muita gente”, declarou Gilad Lotan, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da SocialFlow, empresa que otimiza redes sociais utilizando dados em tempo real.
Na quarta passada, o Parque Zuccotti, a apenas três quadras de Wall Street, ficou lotado de manifestantes. Muitos deles criaram conteúdos e vídeos próprios para transmitir sua mensagem pela Web, seja no Tumblr, Facebook, Twitter ou nos serviços colaborativos do Google.
“Criamos um Google Docs para podermos nos comunicar”, explica Brian Philips, um dos organizadores, que atravessou o país pegando carona desde Seattle para participar das manifestações em Nova York. “E também criamos números do Google Voice para todos”.
Uma página do Tumblr, “We Are The 99 Percent” (Somos os 99%), foi republicada em diversos blogs centenas, talvez milhares de vezes. Por meio de fotos pungentes, ela revela o drama das pessoas alijadas do topo da pirâmide de renda americana, em que cerca de 1% detém a maior parte da riqueza do país. Cada foto mostra uma pessoa segurando um cartaz ou uma folha de caderno nos quais escreveram seus problemas. Todas as mensagens, por volta de 50, falam de tempos difíceis.
Um homem escreveu “Sou um homem de 48 anos que trabalhou a vida toda em uma fábrica que não existe mais. Estou tentando obter uma graduação universitária. Minha média geral é 4,0 e tenho 40 mil dólares em dívidas. Não tenho tempo livre, mas aceitei um trabalho para orientar alunos. Passei o fim de semana no hospital com pneumonia. Não tenho seguro-saúde e não posso pagar a conta".
Uma mulher escreveu: “Sofro de depressão crônica. Também sou dependente de drogas em recuperação. Minha medicação custa 200 dólares por mês. Minha educação custa 10 mil dólares por ano. Tenho dois empregos, trabalho como voluntária em dois lugares e faço sexo por dinheiro nos fins de semana. Tenho 23 anos”
Outra escreve: “Tenho 31 anos e sou veterana da Força Aérea dos Estados Unidos. Estou desempregada há 16 meses. Meu marido está desempregado há seis meses. Perdemos nossa casa e moramos com nossa sogra. As pessoas me agradecem pelos serviços prestados. Por que não me agradecem com um emprego?”.
Duy Linh Tu, diretor de Mídia Digital da Faculdade de Jornalismo da Universidade de Colúmbia, afirmou que o Tumblr “ocupou um nicho singular”. Enquanto o Twitter permite apenas 140 caracteres e os blogs convencionais permitem apenas que o autor interaja, o Tumblr integrou ambos.
Lotan também observou que o ímpeto das manifestações do Ocupe Wall Street está crescendo – e que as conversas não estão acontecendo no Twitter. "Você atinge muito mais gente com conteúdos visuais, com blogs colaborativos que contam histórias baseadas em fotos, como o Tumblr. ‘Somos os 99%’ está fazendo um trabalho fantástico ao envolver um número cada vez maior de pessoas”.
Kalev Leetaru, professor-assistente de análise de textos e mídias digitais da Universidade de Illinois Urbana-Champaign, observou que muitas pessoas estão contando as mesmas histórias de dificuldades econômicas. Isso pode ajudar a transformar a narrativa popular, porque quem posta no site vê outras pessoas com as quais se identificam.
“As reportagens iniciais os descreviam apenas como jovens universitários e hippies sujos”, afirma Leetaru. Mas essa visão disseminada pela grande mídia (como o New York Times) começou a desmoronar quando a página no Tumblr passou a ser “reblogada”.
O fato também se relaciona ao controle das mensagens, algo que as corporações fazem muito bem. “Movimentos populares têm historicamente sofrido muito com isso”, evoca Leetaru. A disseminação da mensagem tem sido fundamental para ampliar o apoio aos movimentos e conquistar mais manifestantes.
Além do Tumblr, o Twitter e o Facebook também oferecem potentes ferramentas de organização, ajudando a impulsionar manifestações em várias cidades dos Estados Unidos. Isso chamou a atenção da grande mídia, ampliando a consciência popular sobre os protestos, explica Leetaru.
Seu recente trabalho científico analisou a cobertura da mídia e previu manifestações de desobediência civil. Mas o pesquisador diz não ter certeza de que o número de participantes crescerá neste caso. Quando os protestos no Egito começaram a ganhar forma, não havia um número tão grande de tuítes pouco antes da queda do governo – só depois eles dispararam, assim como as inserções na Wikipedia.
No entanto, Leetaru acrescenta que o controle da mensagem, com o apoio das mídias sociais, ajudou a colocar a maré contra o governo de Hosni Mubarak. Inicialmente, o ex-presidente egípcio recorreu à propaganda para retratar os manifestantes na Praça Tahrir como agentes de forças estrangeiras.
Linh Tu afirma que o uso de mídias sociais com Twitter ou Tumblr amplia a conscientização do público sobre movimentos de protesto mais rapidamente do que no passado, mas também pode acelerar sua queda. Quanto mais rápido surgem, mais rápido desaparecem. E como não há função de armazenamento de arquivos no Tumblr ou Twitter, um movimento que é popular esta semana corre o risco de se esvaziar na outra e ser esquecido. Contudo, se a primavera árabe serve como referência, o movimento nascido nos Estados Unidos parece estar só começando.

Fonte :http://blogs.discoverybrasil.uol.com.br/noticias/