domingo, 29 de abril de 2012

A internet quântica nasceu hoje



A internet quântica nasceu hoje
Daqui a alguns anos, as pessoas dirão que a internet quântica nasceu hoje. Quando o sistema recém-nascido amadurecer, poderá processar uma quantidade incomensurável de dados e jamais ser invadido.
O sistema tem apenas dois nós, mas a internet surgiu de forma parecida na década de 60. Seus criadores, físicos orientados por Stephan Ritter e Gerhard Rempe, do Instituto Max-Planck de Óptica Quântica, na Alemanha, publicaram na edição desta semana da revista “Nature”.
rede quântica foi construída com dois átomos de rubídio que trocam fótons, ou partículas de luz. Cada átomo é inserido em uma cavidade com espelhos de alta reflexão e são separados por uma distância muito pequena. As duas cavidades ópticas, como são denominadas, são conectadas por uma fibra óptica.
Os cientistas acionam um laser sobre o primeiro átomo, fazendo com emita um único fóton. O fóton percorre a fibra óptica e chega à cavidade óptica onde está o outro átomo. É aí que entram os espelhos, já que normalmente é difícil obter uma interação confiável entre um átomo e um fóton. No entanto, ao fazer o fóton ricochetear milhares de vezes dentro da cavidade, as chances de atingir o átomo e ser absorvido por ele aumentam. Essa absorção é o que transmite a informação sobre o estado quântico do primeiro átomo para o segundo.
Além de enviar informações, os dois átomos se “entrelaçam”, ou seja, se conectam. Se o primeiro nó está no estado quântico A, por exemplo, o segundo nó também estará no estado quântico A. Nesse experimento, os átomos ficaram entrelaçados 100 microssegundos – um período significativo na física quântica.
Este entrelaçamento é o que impossibilita o ataque de hackers a um computador quântico. Assim que um hacker tenta invadir uma redequântica, os estados dos átomos se tornariam incompatíveis, uma sinal de alerta de que algo está errado.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido até a criação de uma redequântica em grande escala, mas o primeiro passo já foi dado.
Foto: Andreas Neuzner, Instituto Max-Planck de Óptica Quântica

México aprova lei contra mudança climática

México aprova lei contra mudança climática
Crédito da foto: Getty Images
Como o vulcão mexicano Popocatepetl continua expelindo cinzas e gases estufa, os próprios mexicanos decidiram se mobilizar para reduzir as emissões de dióxido de carbono.
Uma lei recentemente aprovada pelo congresso mexicano reduzirá as emissões de dióxido de carbono em 30% até o ano de 2020, e em 50% até 2050, em relação às emissões registradas no ano 2000, informa aNature. Até o ano de 2024, 35% da energia elétrica do país deverá vir de fontes renováveis.
No entanto, tais leis podem se tornar um grande desafio para o México, que é a 11ª economia do mundo (e ocupa o mesmo lugar em emissão de gases estufa).
“Somos grandes criadores de leis. O problema é aplicá-las”, declarou àNature Juan Bezaury, especialista mexicano em políticas públicas. O país também tem a terceira maior reserva de petróleo do mundo, segundo a consultoria de petróleo DeGolyer and MacNaughton (com sede nos EUA), embora o jornal El Universal ressalte que boa parte dessa reserva não pode ser explorada com a tecnologia de hoje.
A produção da petrolífera estatal Petróleos Mexicanos já diminuiu de forma significativa na última década, e a opção pela energia renovável poderia afetar seriamente os cofres do governo mexicano.
Ainda assim, os legisladores mexicanos não parecem preocupados com a possibilidade de redução de combustíveis fósseis no México no futuro. A lei de mudança climática foi aprovada na câmara dos deputados doMéxico com 128 votos a favor e 10 contra. No senado, a aprovação foi unânime.
Talvez os membros da câmara pensem em aproveitar o sol dos desertos ou espalhar turbinas eólicas pelo litoral do país - ou talvez estejam apenas cansados da eterna poluição da Cidade do México.