quinta-feira, 16 de junho de 2011

Astrônomos observam a gêmea da Via Láctea


Los astrónomos espían a la gemela de la Vía Láctea
Crédito da imagem: ESO
Quinta, 2 de junho de 2011
Talvez você nunca tenha ouvido falar da NGC 6744, uma galáxia a cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra, mas certamente ela lhe parecerá familiar.
A bela galáxia em espiral, localizada na constelação austral de Pavo (Pavão), é praticamente uma cópia da Via Láctea, mas cerca de duas vezes maior.
"Se dispuséssemos da tecnologia para sair da Via Láctea e pudéssemos observá-la de cima para baixo no espaço intergaláctico, veríamos uma imagem parecida com esta: impressionantes braços em espiral, envolvendo um núcleo denso e alongado e um disco de poeira”, escreveu Richard Hook, secretário de imprensa do Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês).
"Há até uma galáxia próxima distorcida, a NGC 6744A, vista aqui como um borrão na parte inferior direita da NGC 6744, que lembra uma das Nuvens de Magalhães, vizinhas da Via Láctea”, acrescentou.
A foto foi tirada pelo instrumento Wide Field Imager, preso ao telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, do Observatório de La Silla, no Chile, ligado ao Observatório Europeu Austral. Foi montada a partir de imagens obtidas por quatro filtros diferentes, representadas aqui em azul, verde, laranja e vermelho.

Movimento de cabos gera energia eólica

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  Crédito: Ashley Jouhar/Getty Images
Por Emad Hanna
Quarta, 15 de junho de 2011.
Engenheiros estruturais sabem que um pouco de vento pode trazer consequências dramáticas a pontes e edifícios altos. Um efeito bem conhecido faz com que os cabos suspensos das pontes oscilem para cima e para baixo. Este fenômeno é observável mesmo em condições de pouco vento, e ocorre quando um cabo cilíndrico distorce o caminho do vento, “erguendo” outro cabo atrás dele. O cabo de guerra entre a ação de elevação do vento e as forças descendentes do peso do cabo criam o chamado “galope”.
Uma equipe de cientistas do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia pretende aproveitar o movimento dos cabos para gerar energia. A ideia é construir dispositivos que captem o efeito de forma controlada. Para isso, criaram um cilindro oscilatório preso a um ímã, que gera uma corrente enquanto os cabos se movem para cima e para baixo.
Segundo a revista New Scientist, um dispositivo de 85 por 5 centímetros foi testado em “velocidades do vento entre 2,5 e 4,5 metros por segundo, quando as tradicionais turbinas eólicas são ineficientes, gerando quase meio watt de energia elétrica”.
A menos que grandes áreas sejam cobertas por tais dispositivos, será difícil gerar uma grande quantidade de eletricidade utilizável, mas a equipe está trabalhando para determinar o tamanho mais favorável dos aparelhos de forma a maximizar a saída de energia. Hyung-Jo Jung, um dos cientistas que trabalha no projeto, destaca que a tecnologia possui algumas aplicações bastante promissoras, como sensores usados para monitorar a saúde estrutural de edifícios. Em vez se conectarem a redes de energia ou usarem sistemas baseados em baterias, os sensores poderiam ser totalmente alimentados por ventos de baixa intensidade.

Que alimentos podem provocar doenças?

Qué alimentos pueden provocar enfermedades
O segredo de permanecer saudável, dizem os especialistas, é conhecer seu inimigo. Foto: Comstock/ThinkStock
Quinta, 9 de junho de 2011
Enquanto agentes de saúde pública tentam encontrar a origem do surto mortal de uma nova cepa da bactéria E. coli na Alemanha, uma lista cada vez maior de doenças e alertas na Europa está alimentando temores em relação aos alimentos em todo o mundo.
Para os consumidores, o surto também levanta dúvidas sobre quais alimentos são mais perigosos e por quê.
No entanto, os especialistas alegam que classificar riscos é muito difícil, em parte pela forma como as estatísticas são formuladas e pelo fato de que a maioria dos casos de doenças ligadas aos alimentos não é comunicada ou investigada. Além disso, qualquer tipo de comida pode ser o vetor de dezena de variedades de bactérias infecciosas. Ainda assim, existem algumas tendências.
Entre os principais vilões, estão a carne mal-cozida, frango e ovos. Hortaliças frescas também são grandes vetores e as principais suspeitas da investigação em curso na Alemanha. Agências de saúde pública alertaram a população para que evite o consumo de brotos crus, tomates, pepinos e folhas verdes cultivados no norte da Alemanha.
No caso de vegetais contaminados, a matéria fecal de animais sempre acaba levando a culpa, já que há fazendeiros que aplicam esterco repleto de bactérias diretamente no solo das lavouras.
Em outros casos, a água de irrigação está contaminada, animais selvagens podem entrar nos campos ou os trabalhadores rurais podem contagiar os alimentos durante atividades de manuseio.
O segredo de permanecer saudável, dizem os especialistas, é conhecer o inimigo.
"Vivemos em um mundo repleto de bactérias", explica Timothy Jones, epidemiologista do Departamento de Saúde do Tennessee, em Nashville. "Às vezes, os epidemiologistas brincam sobre o fato de haver fezes em todo lugar. É um pensamento meio nojento, mas é o mundo em que vivemos”.
A cada ano, um em cada seis americanos adoece por alimentos infectados por bactérias, segundo o Centro de Controle e Prevenção e Doenças (CDC, na sigla em inglês). O CDC registra mais de 1.000 surtos por ano, e um total de 48 milhões de pessoas que desenvolvem sintomas, variando de náusea e cólica abdominal a febre e diarreia severa. Três mil pessoas morrem anualmente por doenças transmitidas por alimentos.
Há outros 31 tipos conhecidos de bactérias, vírus e outros patógenos que infectam os alimentos, mas só um punhado de agentes provoca a maioria dos casos diagnosticados. (Milhões de casos não têm causas conhecidas). A salmonela é a responsável pela maior parte dos casos solucionados, enquanto a A E. coli 0157 provoca os surtos mais graves. Outros patógenos incluem os norovírus, Listeria e Campylobacter.
Cada tipo de agente infeccioso tem seus habitats preferenciais. A Campylobacter, por exemplo, gosta de viver em frangos e outras aves, enquanto a E. Coli 0157 é mais feliz no interior de uma vaca.
Isso explica por que a carne moída tem sido, há tempos, a principal causa de infecções por E. coli 0157, embora a regulamentação mais rígida tenha reduzido a porcentagem de casos. Agora é a vez das hortaliças frescas começarem a partilhar a responsabilidade por disseminar bactérias.
Qualquer tipo de fruta, legume ou verdura pode se contaminar com a E. coli, a salmonela e outros micróbios infecciosos, mas certas variedades têm sido relacionadas com mais frequência aos surtos, tais como brotos, folhas verdes, tomates, a pimenta jalapeño e o melão.
Os brotos são particularmente preocupantes porque a contaminação começa pelas sementes, que são colocadas em água morna para brotarem.
"Os produtos agrícolas correm algum risco de abrigar a E. coli ou a salmonela em suas sementes”, alerta Kirk Smith, supervisor da Unidade de Doenças Transmitidas pelos Alimentos do Departamento de Saúde de Minnesota, em St. Paul. Ele recomenda evitar o consumo de brotos inteiros. "Do contrário, você os estará encubando nas mesmas condições em que as bactérias crescem”.
Quando forem grandes o bastante para o consumo, os brotos apresentam inúmeros recantos e fissuras, que dificultam a esterilização adequada. Mesmo que você os lave vigorosamente, as bactérias podem estar incrustadas no tecido da planta. A mesma coisa pode acontecer com o espinafre, o alface, o tomate e outras hortaliças. Nesses casos, nenhuma limpeza é capaz de elimintar a contaminação.
As hortaliças também são problemáticas porque as comemos cruas. É fácil matar bactérias em ovos e carne, desde que sejam bem cozidos e em temperaturas suficientemente altas, mas ninguém ferve uma cabeça de alface antes de fazer um sanduíche.
Para reduzir os riscos de infecção alimentar, o CDC recomenda lavar as mãos em água morna e sabão pelo menos 20 segundos antes de cozinhar. Evite a contaminação cruzada com facas e tábuas de cortar, e lave bem todas as hortaliças, mesmo as pré-lavadas.
Os únicos alimentos que Smith não come são brotos, carne mal cozida, ostras cruas e sucos e leite não pasteurizados. No entanto, diz ele, apesar de ser importante levar a sério as doenças transmitidas pelos alimentos, é melhor comer frutas e legumes do que evitá-los por medo da contaminação.
"As coisas não são perfeitas e nunca serão. Mas são melhores do que jamais foram na história”, afirma Jones, acrescentando que as 3.000 mortes anuais são estatisticamente insignificantes diante dos bilhões de refeições que são servidas todos os dias no mundo.
"O que mais mata neste país é a obesidade, as doenças cardíacas e o câncer”, pontua. "Por isso, as hortaliças e uma dieta saudável são muito importantes”.

Tumbas do egito e templos: Riscos de saque


Egito
Foto: Museu do Egito ( Cortesia de Wafaa el-Saddik)
Os egípcios estão defendendo corajosamente seu patrimônio cultural, segundo uma declaração de Ismail Serageldin, bibliotecário e diretor da Biblioteca de Alexandria.
“Os jovens se organizaram em grupos encarregados de orientar o tráfego, proteger os bairros e vigiar os edifícios públicos de valor, como o Museu Egípcio e a Biblioteca de Alexandria”, comentou.
“A biblioteca está a salvo graças à juventude do Egito e aos representantes dos manifestantes, que se uniram a nós para proteger os edifícios de possíveis vândalos e saqueadores”, afirmou Serageldin. 
Entretanto, os sítios culturais e arqueológicos ainda correm grandes riscos.
A Margem Ocidental, onde se localizam os templos funerários e o Vale dos Reis, não dispõe de segurança, contando apenas com o apoio dos moradores locais para protegê-los. 
“As antiguidades foram vigiadas pelos moradores a noite toda e nada foi tocado”,  disse Mostafa Wazery, diretor do Vale dos Reis em Luxor.
Segundo Monica Hanna, egiptóloga local, muitos outros centros culturais foram abandonados pela polícia.
“O Museu Copa está desprotegido, assim como partes da Necrópole de Mênfis, ao sul das pirâmides. Só podemos imaginar o que está acontecendo nas zonas mais remotas do Baixo Egito”, declarou Hanna ao Discovery Notícias.
Também há boatos sobre a presença de saqueadores nos armazéns do Conselho Supremo de Antiguidades de Qantara Sharq, assim como em outros armazéns do sul de Saqqara. De fato, houve relatos de grades danos em Abusir e Saqqara.
 “Todas as tumbas seladas foram violadas ontem à noite. Apenas o Museu de Imhotep e os depósitos centrais adjacentes estão sendo protegidos pelos militares. Bandos grandes e organizados estão escavando dia e noite em toda parte”, comentou Hanna.
Atualização: Domingo, 30 de janeiro, 14:40 pm: 
Em uma declaração enviada por fax, o Dr. Zahi Hawass, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, confirmou que um total de 13 caixas foram saqueadas no Museu do Egito, que agora integra a lista dos locais em risco. “Os armazéns e depósitos de Abusir estavam abertos e não pude encontrar ninguém para proteger as relíquias do local. Até agora, não sei o que aconteceu em Saqqara”, escreveu.
“A leste de Qantar, no Sinai, temos um grande armazém que contém antiguidades do Museu Port Said. Infelizmente, um grupo muito numeroso e armado entrou com um caminhão no depósito. Eles abriram as caixas e levaram objetos preciosos”, denunciou Hawass, acrescentando que saqueadores também tentaram invadir o Museu Copta, o Museu das Joias Reais, o Museu Nacional de Alexandria e o Museu El Manial.
“Por sorte, os funcionários do Museu das Joias Reais conseguiram transportar todos os objetos para o sótão e o selaram antes de sair”, comentou Hawass.