terça-feira, 31 de maio de 2011

Satélites flagram madeireiros em ação

Satélites pillan a los madereros in-fraganti
Crédito: Survival International
Sexta, 27 de maio de 2011
Muitas vezes, parece que nossa sociedade repleta de “Big Brothers” é vigiada demais, com milhares de satélites riscando o céu, centenas de câmeras monitorando nossas ações e as questionáveis políticas de privacidade que permeiam as redes sociais. Mas de vez em quando, esses espiões de olhos múltiplos flagram uma irregularidade e todos respiramos aliviados por eles existirem.
Tomemos como exemplo o caso dos Ayoreosos do Paraguai, um dos últimos povos indígenas a viver, em grande parte, isolados do contato com o mundo moderno. Ao longo da última década, madeireiros e fazendeiros devastaram a floresta do norte do Paraguai. Segundo The Guardian, “quase 10% da floresta virgem do norte do Paraguai foi derrubada”. Para piorar a situação, esse desmatamento intensivo tem acontecido nas áreas próximas às tribos dos Ayoreos, sem seu conhecimento ou aprovação.
Depois que essa tragédia foi revelada, foi declarada uma moratória para o corte da madeira nas terras dos Ayoreos, mas imagens de satélites obtidas em dezembro passado por grupos de defesa dos indígenas, incluindo a Survival International, mostram claramente que o desmatamento ilegal ainda está em andamento. Como parece não haver grande fiscalização das normas de corte de madeira no solo, os ativistas recorreram aos satélites para vigiar o processo.
Outros esforços que usaram imagens de satélite denunciaram a ocorrência de desmatamento ilegal em Madgascar, Brasil, Indonésia e no Congo, entre outros países.
As imagens podem ajudar a chamar a atenção para instâncias específicas da atividade ilegal, mas segundo a Wired Science, não existe atualmente um rastreamento sistemático do desmatamento dentro da área em questão – e a floresta paraguia continua a ser destruída. Se os ativistas equipados com satélites continuarem a denunciar o desmatamento ilegal, espera-se que a pressão para punir as empresas responsáveis aumente

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História do Egito





A Civilização egípcia é datada do ano de 4.000 a.C., permanecendo  estável por 35 séculos, apesar de inúmeras invasões das quais foi vítima.
Em 1822, o francês Jean François Champollion decifrou a antiga escrita egípcia tornando possível o acesso direto às fontes de informação egípcias. Até então, o conhecimento sobre o Egito era obtido através de historiadores da Antigüidade greco-romana.
 
O MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS
Localizado no nordeste africano de clima semi-árido e chuvas escassas ao longo do ano, o vale do rio Nilo é um oásis em meio a uma região desértica. Durante a época das cheias, o rio depositava em suas margens uma lama fértil na qual durante a vazante eram cultivados cereais e hortaliças.
O rio Nilo é essencial para a sobrevivência do Egito. A interação entre a ação humana e o meio ambiente é evidente na história da civilização egípcia, pois graças à abundância de suas águas era possível irrigar as margens durante o período das cheias. A necessidade da construção de canais para irrigação e de barragens para armazenar água próximo às plantações foi responsável pelo aparecimento do Estado centralizado. Nilo > agricultura de regadio > construção de obras de irrigação que exigiam forte centralização do poder > monarquia teocrática
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A história política do Egito Antigo é tradicionalmente dividida em duas épocas:

Pré-Dinástica (até 3200 a.C.): ausência de centralização política.
População organizada em nomos (comunidades primitivas) independentes da autoridade central que era chefiada pelos nomarcas. A unificação dos nomos se deu em meados do ano 3000 a.C., período em que se consolidaram a economia agrícola, a escrita e a técnica de trabalho com metais como cobre e ouro.
Dois reinos Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) surgiram por volta de 3500 a.C. em conseqüência da necessidade de se unir esforços para a construção de obras hidráulicas.

Dinástica:


Forte centralização política Menés, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o Baixo Egito. Promoveu a unificação política das duas terras sob uma monarquia centralizada na imagem do faraó, dando início ao Antigo Império, Menés tornou-se o primeiro faraó. Os nomarcas passaram a ser “governadores” subordinados à autoridade faraônica.
PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA
A Época Dinástica é dividida em três períodos:
Antigo Império (3200 a.C. – 2300 a.C.)

Capital: Mênfis foi inventada a escrita hieroglífica.
Construção das grandes pirâmides de Gizé, entre as quais as mais conhecidas são as de Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Esses monumentos, feitos com blocos de pedras sólidas, serviam de túmulos para os faraós. Tais construções exigiam avançadas técnicas de engenharia e grande quantidade de mão-de-obra.
Invasão dos povos nômades: fragmentação do poder Médio Império (c. 2040-1580 a.C.)
Durante 200 anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas pelo confronto entre o poder central do faraó e os governantes locais – nomarcas. A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12ª) passou a governar o País iniciando o período mais glorioso do Antigo Egito: o Médio Império. Nesse período:
  • Capital: Tebas
  • Poder político: o faraó dividia o trono com seu filho para garantir a sucessão ainda em vida
  • Poder central controlava rigorosamente todo o país
  • Estabilidade interna coincidiu com a expansão territorial
  • Recenseamento da população, das cabeças de gado e de terras aráveis visando a fixação de impostos
  • Dinamismo econômico
Os Hicsos
Rebeliões de camponeses e escravos enfraqueceram a autoridade central no final do Médio Império, permitindo aos hicsos - um povo de origem caucasiana com grande poderio bélico que havia se estabelecido no Delta do Nilo – conquistar todo o Egito (c.1700 a.c.). Os hicsos conquistaram e controlaram o Egito até 1580 a.C. quando o chefe militar de Tebas derrotou-os. Iniciou-se, então, um novo período na história do Egito Antigo, que se tornou conhecido como Novo Império.
As contribuições dos hicsos foram:
  • fundição em bronze
  • uso de cavalos
  • carros de guerra
  • tear vertical
Novo Império - (c. 1580- 525 a.C.) O Egito expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Síria e a Palestina.
Capital: Tebas.
  • Dinastia governante descendente de militares.
  • Aumento do poder dos sacerdotes e do prestígio social de militares e burocratas.
  • Militarismo e expansionismo, especialmente sob o reinado dos faraós Tutmés e Ramsés.
  • Conquista da Síria, Fenícia, Palestina, Núbia, Mesopotâmia, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu.
  • Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial controlada pelo Estado.
  • Amenófis IV promoveu uma reforma religiosa para diminuir a autoridade dos sacerdotes e fortalecer seu poder implantando o monoteísmo (acrença numa única divindade) durante seu reino.
  • Invasões dos “povos do mar” (ilhas do Mediterrâneo) e tribos nômades da Líbia conseqüente perda dos territórios asiáticos.
  • Invasão dos persas liderados por Cambises.
  • Fim da independência política.
Com o fim de sua independência política o Egito foi conquistado em 343 a.C. pelos persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Império Macedônio e, a partir de 30 a.C., o Império Romano.
ASPECTOS ECONÔMICOS
Base econômica:
  • Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo, cevada, algodão, papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigação.
  • Agricultura extensiva com um alto nível de organização social e política.
  • Outras atividades econômicas: criação de animais (pastoreio), artesanato e comércio.
ASPECTOS POLÍTICOS
Monarquia teocrática:
  • O governante (faraó) era soberano hereditário, absoluto e considerado uma encarnação divina. Era auxiliado pela burocracia estatal nos negócios de Estado.
  • Havia uma forte centralização do poder com anulação dos poderes locais devido à necessidade de conjugação de esforços para as grandes construções.
  • O governo era proprietário das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servidão coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas obras públicas ou com parte da produção.
ASPECTOS SOCIAIS
Predomínio das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada uma possuía sua função e seu lugar na sociedade).
  • O Egito possuía uma estrutura social estática e hierárquica vinculada às atividades econômicas. A posição do indivíduo na sociedade era determinada pela hereditariedade (o nascimento determina a posição social do indivíduo).
  • A estrutura da sociedade egípcia pode ser comparada a uma pirâmide. No vértice o faraó, em seguida a alta burocracia (altos funcionários, sacerdotes e altos militares) e, na base, os trabalhadores em geral . 
  • A sociedade era dividida nas seguintes categorias sociais:
  • O faraó e sua família - O faraó era a autoridade suprema em todas as áreas, sendo responsável por todos os aspectos da vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigação, a religião, os exércitos, promulgação e cumprimento das leis e o comércio. Na época de carestia era responsabilidade do faraó alimentar a população.
  • aristocracia (nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o faraó a governar.
  • grupos intermediários (militares, burocratas, comerciantes e artesãos)
  • camponeses
  • escravo
Os escribas, que dominavam a arte da escrita (hieróglifos), governantes e sacerdotes formavam um grupo social distinto no Egito.
ASPECTOS CULTURAIS
  • A cultura era privilégio das altas camadas.
  • Destaque para engenharia e arquitetura (grandes obras de irrigação, templos, palácios).
  • Desenvolvimento de técnicas de irrigação e construção de barcos.
  • Desenvolvimento da técnica de mumificação de corpos.
  • Conhecimento da anatomia humana.
  • Avanços na Medicina.
  • Escrita pictográfica (hieróglifos).
  • Calendário lunar.
  • Avanços na Astronomia e na Matemática, tendo como finalidade a previsão de cheias e vazantes.
  • Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os egípcios criaram os fundamentos da Geometria e do Cálculo.
  • Engenharia e Artes.
  •  Jogavam xadrez.
ASPECTOS RELIGIOSOS
  • Politeísmo
  • Culto ao deus Sol (Amom – Rá)
  • As divindades são representadas com formas humanas (politeísmo antropomórfico), com corpo de animal ou só com a cabeça de um bicho (politeísmo antropozoomórfico)
  • Crença na vida após a morte (Tribunal de Osíris), daí a necessidade de preservar o cadáver, desenvolvimento de técnicas de mumificação, aprimoramento de conhecimentos médico-anatômicos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Infanticídio era comum no Império Romano

El infanticidio era común en el Imperio Romano
O infanticídio foi uma prática amplamente tolerada nas sociedades humanas de todo o mundo. Crédito: Getty Images
Por Jennifer Viegas
Sexta, 6 de maio de 2011
Segundo um novo estudo, o infanticídio, a matança de bebês não desejados, era comum no Império Romano e em outras partes do  mundo antigo. 
O estudo, que foi aceito para publicação no Journal of Archaeological Science, explica que "até recentemente (o infanticídio) era uma prática amplamente tolerada nas sociedades humanas ao redor do mundo. Antes da chegada dos métodos anticoncepcionais modernos, era uma das poucas formas existentes de limitar o tamanho da família de forma eficaz e segura para a mãe”. 
Baseando-se em achados arqueológicos, o estudo menciona que a prática teria sido especialmente difundida no Império Romano.
"Acredito que era algo mais tolerado do que aceito no mundo romano, mas é difícil ter certeza”, declarou ao Discovery Notícias o autor do estudo, Simon Mays.
Mays, cientista do Laboratório de Monumentos Ancenstrais do Patrimônio Inglês, e sua colega, Jill Eyers, analisaram o vilarejo romano de Yewden, também conhecido como Hambelden. Datada dos séculos I a IV, a vila está localizada en Hambleden, Buckinghamshire, na Inglaterra.
Uma escavação anterior realizada em Hambleden, em 1921, descobriu que o sítio conta com 97 sepulturas infantis, o maior número de enterros com estas características entre todos os cemitérios romanos antigos na Grã Bretanha. Na época, o arqueólogo responsável suspeitou de infanticídio “pela disposição dos corpos”.
Como poucos esqueletos infantis preservaram evidências da causa da morte, Mays e Eyers utilizaram um método indireto para investigar a prática do infanticídio em Hambleden. As mortes naturais tendem a mostrar uma ampla distribuição por idade nos cemitérios. Entretanto, onde o infanticídio era praticado, a distribuição etária era mais uniforme, com grande incidência de recém-nascidos.
Os pesquisadores mediram os ossos dos restos mortais infantis de Hambleden e os compararam a ossadas encontradas em outros locais: Ashkelon, em Israel, e Wharram Percy, na Inglaterra. Em Ashkelon, que integrava o Império Romano, a história parece ser bem diferente.
Cerca de 100 bebês com aproximadamente a mesma idade morreram em Ashkelon. Não foram enterrados, mas lançados em um canal de esgoto que corria sob um bordel. Os pesquisadores suspeitam que quase todas as vítimas morreram por sufocamento. Apesar de os bebês de Hambleden terem sido enterrados, sua distribuição etária é compatível com a das crianças de Ashkelon.
"Ainda não se sabe exatamente por que foram encontradas tantas crianças nas escavações de Hambleden”, afirmou Mays. "As sepulturas infantis estão mais agrupadas do que dispersas, e o local escavado parece ter sido usado especificamente para abrigá-las”.
Os achados e as evidências crescentes indicam que o infanticídio era comum no Império Romano. Os sítios pré-históricos de Khok Phanom Di, na Tailândia, e Lepinski Vir e Vlasac, na Sérvia, também revelaram prováveis indícios de infanticídio. Um estudo sobre as sociedades humanas realizado em 1973 determinou que em 80% delas, em algum momento do passado ou dos tempos modernos, houve matança intencional de bebês.
Gwen Hunnicutt, da Universidad da Carolina do Norte em Greensboro, e Gary LaFree, da Universidade de Maryland, em College Park, estudaram amplamente o infanticídio, concentrando-se em casos recentes documentados em mais de 27 países do mundo.  
Hunnicutt e LaFree concluíram que havia “uma relação entre a desigualdade de renda e o homicídio infantil feminino”.
"As sociedades extremamente pobres podem usar o homicídio infantil como meio para manter seus recursos, reduzir a tensão econômica ou melhorar a qualidade de vida da família”, explicaram. "Entretanto, o infanticídio diminui nos países caracterizados por uma cultura de violência”.
Os pesquisadores sugerem que os responsáveis por esta prática, em alguns casos poderiam perceber o infanticídio como um “assassinato misericordioso, cujo objetivo pode ter sido aliviar o sofrimento, e não provocá-lo”.
Hunnicutt e LaFree acreditam que "o aumento da assistência do governo às necessidades familiares, como serviços de creche e outros tipos de apoio parental, pode aliviar alguns dos efeitos negativos do impacto econômico das mulheres na mão de obra”.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A importância da morte de Bin Laden

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Foto: AP Foto
Por Eric Niiler
Terça, 3 de maio de 2011
O president Obama chamou esta manhã de “um bom dia para a América” em uma cerimônia na Casa Branca. É claro que o presidente se referia à morte de Osama bin Laden, o pai barbudo do terrorismo, que escapou das forças norte-americanas durante uma década até ser morto em um tiroteio em uma cidade suburbana, a menos de 100 quilômetros da capital do Paquistão.
Mas e quanto ao restante dos americanos? É mesmo um dia bom ou logo será esquecido em meio à labuta diária? E a morte de Bin Laden realmente importa na luta contra o terrorismo?
Os especialistas parecem divididos quanto à segunda questão. Alguns afirmam que a Al-Qaeda prosseguirá sem Bin Laden, mesmo concordando que ele era mais um símbolo do que um líder estratégico. Outros acreditam que o grupo continuará a conduzir operações contra seus alvos no Ocidente e no mundo muçulmano.
"Ele era o homem que fundou a organização e a liderou durante 20 anos”, argumenta Daniel Byman, especialista em terrorismo do Instituto Brookings, em Washington. "Isso certamente importa".
Byman afirma que Bin Laden era uma figura unificadora para a Al-Qaeda e reconciliou várias facções. O grupo manteve um plano de sucessão durante anos, e seu novo líder, o egípcio Ayman Zawahiri, “não têm a estatura e o carisma de Bin Laden”.
Ao longo dos últimos anos, a Al-Qaeda tornou-se mais descentralizada e passou a operar em células individuais em vários países, dificultando sua destruição completa, segundo Kenneth James Ryan, criminologista e especialista em terrorismo da Universidade do Estado da Califórnia, em Fresno.
"Podemos antecipar que as células continuarão em operação”, disse Ryan. Nos últimos anos, o governo norte-americano congelou os ativos financeiros da Al-Qaeda, um esforço que pode ser mais proveitoso do que matar Bin Laden.
"Executar ataques terroristas em lugares distantes do centro de operações financeiras do grupo é muito dispendioso”, explica Ryan. "Acredito que a Al-Qaeda deve ter tido muitos problemas nos últimos anos”.
Ambos os especialistas acreditam que o grupo tentará organizar ataques para vingar a morte de Bin Laden. Na segunda, autoridades de Washington e New York reforçaram a segurança, e o Departamento de Estado emitiu um alerta para os americanos que estão no exterior.
Apesar do futuro incerto, é evidente que, por enquanto, os americanos reagem com júbilo e alívio ao fato de que a justiça foi feita. Milhares de jovens aglomeraram-se diante da Casa Branca para celebrar a notícia anunciada no domingo à noite, agitando bandeiras e cantando “God Bless America”.
Para a viúva do 11 de setembro, Bonnie McEneaney, de New Canaan, Connecticut, a notícia da morte de Bin produz sentimentos contraditórios.
"Quando algo assim acontece, você volta no tempo”, disse McEneaney, que perdeu seu marido, Eamon, nos ataques ao World Trade Center.
"Não há sentimentos de justiça ou vingança”, afirmou McEneaney, autora do livro "Messages: Signs, Visits and Premonitions from Loved Ones Lost on 9/11” (Mensagens: Sinais, Visitas e Premonições das Pessoas Amadas que se foram no 11 de setembro, em tradução livre)
"Sinto-me grata pela habilidade do nosso governo e exército, mas também muito triste por isso teve que acontecer. Não existe uma ‘conclusão’ quando se perde uma pessoa querida”.
McEneaney disse que a notícia também abriu feridas emocionais que levaram um longo tempo para cicatrizar.
Outra viúva do 11 de setembro, Kristen Breitweiser, declarou à CNN que a morte de Bin Laden mudaria o mundo.
"Minha filha de 12 anos acordará amanhã para um mundo mais seguro, e quem sabe, mais pacífico. E isso me traz uma rara sensação de alívio”, afirmou em um comunicado.
“Os americanos ainda sentem o impacto psicológico e emocional do 11 de setembro”, garante Judith Richman, psiquiatra da Universidade de Chicago, “mas não tanto quanto antes”.
Richman estudou o estresse apresentado por americanos comuns em sua vida diária. Nos últimos dois anos, o terrorismo perdeu a importância em quase todos os grupos, exceto para os muçulmanos-americanos.
"A economia é muito mais importante para as pessoas agora do que o terrorismo”, explica Richman. "Para as pessoas que não têm emprego ou têm subempregos que mal cobrem as despesas, isso é quase um alívio, uma distração”.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Obama anuncia morte de Osama Bin Laden


Obama
Foto: AP Foto/Susan Walsh
Neste domingo, o presidente Barack Obama fez um pronunciamento à nação para anunciar que os Estados Unidos mataram Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda. Leia a seguir a transcrição completa do comunicado.
“Boa noite. Esta noite, posso comunicar ao povo americano e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes.
Há quase 10 anos, um dia ensolarado de setembro foi obscurecido pelo pior ataque contra o povo americano em nossa história. As imagens do 11/9 estão gravadas em nossa memória: aviões sequestrados atravessando um céu sem nuvens de setembro; o desabamento das Torres Gêmeas; a fumaça negra sobre o Pentágono; os destroços do voo 93 em Shanksville, Pensilvânia, onde as ações de cidadãos heroicos nos pouparam de  mais dor e destruição.
Ainda assim, sabemos que as piores imagens são aquelas que o mundo não viu. O lugar vazio na mesa de jantar. Crianças que foram obrigadas a a crescer sem mãe ou pai. Pais que nunca mais sentiram o abraço de seus filhos. Cerca de 3.000 cidadãos tirados de nós, deixando um buraco em nossos corações.
Em 11 de setembro de 2001, o povo norte-americano se uniu em luto coletivo. Oferecemos aos vizinhos nosso apoio, e aos feridos o nosso sangue. Reafirmamos nossos laços e nosso amor como comunidade e como país. Naquele dia, não importava de onde vínhamos, para que Deus orávamos, ou a que raça ou etnia pertencíamos, estávamos unidos como uma família americana.
Estávamos também unidos em nossa determinação em proteger nossa nação e trazer as pessoas que cometeram aquele terrível ataque perante a justiça. Rapidamente soubemos que os ataques do 11/9 foram perpetrados pela Al Qaeda, uma organização chefiada por Osama bin Laden, que havia declarado guerra aos Estados Unidos e estava determinada a matar inocentes em nosso país e em todo o planeta. Então fomos à guerra contra a Al-Qaeda, para proteger nossos cidadãos, nossos amigos e nossos aliados.
Ao longo dos últimos 10 anos, graças ao trabalho incansável e heroico das nossas forças armadas e de nossos profissionais de contraterrorismo, conseguimos grandes progressos. Impedimos ataques terroristas e fortalecemos a segurança nacional. No Afeganistão, derrubamos o governo talibã, que deu proteção e apoio a Bin Laden. E por todo o planeta, trabalhamos com nossos amigos e aliados para capturar ou matar os terroristas da Al Qaeda, incluindo vários membros que fizeram parte da conspiração do 11/9.
Mesmo assim, Osama bin Laden não foi capturado e escapou pela fronteira do Afeganistão com o Paquistão. Enquanto isso, a Al Qaeda continuava a agir ao longo dessa fronteira e a operar por meio de seus associados em todo o mundo.
E logo depois que assumi o governo, ordenei que Leon Panetta, diretor da CIA, que priorizasse a captura ou morte de Bin Laden na guerra contra a Al Qaeda, enquanto redobrávamos nossos esforços no exterior para abalar, desorganizar e derrotar sua rede.
Então, em agosto passado, depois de anos de um trabalho cuidadoso realizado pela nossa inteligência, fui informado de uma possível pista que levava a Bin Laden. Não havia certezas e levamos muitos meses para acabar com essa ameaça. Encontrei-me diversas vezes com minha equipe de segurança nacional, à medida que obtínhamos mais dados sobre a possibilidade de localizarmos Bin Laden escondido em um complexo no interior do Paquistão. Finamente, na semana passada, decidi que tínhamos informações suficientes para agir e autorizei uma operação para capturar Osama bin Laden e levá-lo perante a Justiça.
Hoje, sob minha direção, os Estados Unidos iniciaram uma operação contra o complexo em Abbottabad, Paquistão. Uma pequena equipe de norte-americanos executou a operação com extraordinária coragem e habilidade. Nenhum americano ficou ferido, e eles tiveram o cuidado de evitar a morte de civis. Depois de um tiroteio, eles mataram Osama bin Laden e assumiram a tutela de seu corpo.
Durante quase duas décadas, Bin Laden foi o líder e o símbolo da Al Qaeda, e continuou a planejar ataques contra nosso país, nossos amigos e aliados. A morte de Bin Laden sinaliza a vitória mais significativa até o momento nos esforços que empreendemos para derrotar a Al Qaeda.
Ainda assim, sua morte não sinaliza o fim de nosso esforço. Não há dúvidas de que a Al Qaeda continuará tentando organizar e praticar ataques contra nós.  Nós devemos ser – e permaneceremos –  vigilantes dentro do país e no exterior.
Da mesma forma, devemos também reafirmar que os Estados Unidos não estão – e nunca estarão – em guerra contra o Islã. Já esclareci, como o presidente Bush o fez logo depois do 11/9, que nossa guerra não é contra o Islã. Bin Laden não era um líder muçulmano: era um assassino em massa de muçulmanos. De fato, a Al Qaeda massacrou milhares de muçulmanos em vários países, incluindo o nosso. Por isso seu falecimento deve ser bem recebido por todos que acreditam na paz e na dignidade humanas.
Ao longo dos anos, sempre deixei claro que faríamos uma ofensiva dentro do Paquistão se soubéssemos o paradeiro de Bin Laden. E foi isso o que fizemos. Mas é importante observar que nossa cooperação com o Paquistão no combate ao terrorismo nos ajudou a chegar a Bin Laden e ao complexo onde ele se escondia. Na verdade, Bin Laden havia declarado guerra contra o Paquistão e ordenado ataques contra o povo paquistanês.
Esta noite, liguei para o presidente Zardari, e minha equipe também falou com seus colegas paquistaneses. Eles concordaram que esse é um dia bom e histórico para ambas as nações. E agora é fundamental que o Paquistão continue conosco na luta contra a Al Qaeda e seus associados.
O povo americano não escolheu essa luta. Ela veio até nós e começou com o assassinato sem sentido de nossos cidadãos. Depois de quase 10 anos de serviço, luta e sacrifício, conhecemos bem os custos da guerra. Esses esforços pesam em mim toda vez que eu, como comandante-em-chefe da nação, tenho que assinar uma carta para uma família que perdeu um membro querido, ou olhar nos olhos de um soldado que ficou gravemente ferido.
Os americanos compreendem os custos da guerra, mas como país, jamais toleraremos que nossa segurança seja ameaçada, nem ficaremos indiferentes enquanto nosso povo é assassinado. Defenderemos incansavelmente nossos cidadãos, nossos amigos e aliados. Seremos fiéis aos valores que fizeram de nós o que somos. E, em noites como esta, podemos dizer às famílias que perderam seus parentes queridos para o terror da Al Qaeda: a justiça foi feita.
Esta noite, agradecemos aos incontáveis profissionais da inteligência e contraterrorismo que trabalharam incansavelmente para atingir esse resultado. O povo americano não pode ver seu trabalho, nem conhece seus nomes. Mas esta noite, eles sentem orgulho de seu trabalho e da consequência de sua busca por justiça.
Agradecemos aos homens que conduziram essa operação, porque eles exemplificam o profissionalismo, o patriotismo e a coragem sem precedentes das pessoas que servem a nosso país. E elas são parte de uma geração que sustentou o maior fardo desde aquele dia de setembro.
Finalmente, deixem-me dizer às famílias que perderam seus amigos e parentes em 11/9: nunca esqueceremos sua perda, nem fraquejaremos em nosso compromisso de fazer tudo que pudermos para prevenir outro ataque em solo americano.
E, esta noite, vamos nos lembrar da sensação de unidade que prevaleceu em 11/9. Eu sei que isso, às vezes, foi difícil. Mas a vitória de hoje é um testamento da grandeza de nosso país e a determinação do povo americano.
A causa da defesa de nosso país não está completa. Mas, esta noite, mais uma vez lembramos que os Estados Unidos podem realizar tudo o que se determinarem a fazer. Essa é a história de nossa história, seja a busca da prosperidade para nosso povo, ou a luta pela igualdade de todos os nossos cidadãos; nosso compromisso é defender nossos valores no exterior, e nosso sacrifício é tornar o mundo um lugar mais seguro.
Que nos lembremos que podemos fazer tais coisas não apenas por riqueza e poder, mas pelo que somos: uma nação, com Deus, com liberdade e justiça para todos.
Obrigado. Que Deus os abençoe. E que Deus abençoe os Estados Unidos da América”.

As usinas nucleares norte-americanas resistiriam a um tsunami?


As usinas nucleares norte-americanas resistiriam a um tsunami?
A usina de San Onofre, perto de San Clemente, na Califórnia, situada na costa do Pacífico.
Foto: Hemera/ThinkStock
Por Eric Niiler
Quinta, 17 de março de 2011.
Operadoras de duas usinas nucleares na Califórnia afirmam estar bem-preparadas para um eventual tsunami. Entretanto, alguns especialistas solicitaram novas avaliações de riscos que levem em conta o terremoto, o tsunami e a crise nuclear que se abateram sobre o Japão.
A usina de San Onofre, perto de San Clemente, e a de Diablo Canyon, ambas na Califórnia, foram projetadas para suportar tremores de magnitude 7,0 e 7,5 graus, respectivamente, segundo funcionários da usina. Espera-se que ambas resistam a tsunamis de até 7,5 metros.
As duas usinas estão entre os 88 reatores localizados em áreas de atividade sísmica no mundo, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica das Nações Unidas. As usinas da Califórnia são as únicas instalações nucleares norte-americanas na costa do Pacífico.
No entanto, alguns críticos afirmam que as agências reguladoras federais precisam reavaliar as usinas californianas, dada a escala de destruição que ocorreu no Japão. Ed Lyman, do grupo de vigilância Union of Concerned Scientists, afirma que as atuais avaliações de risco para catástrofes envolvendo terremotos e tsunamis podem estar obsoletas.
"A Comissão Reguladora Nuclear ainda não estabeleceu padrões com um nível alto o bastante para proteger a população de acidentes, e eles são mais verossímeis e plausíveis do que se pensava", disse Lyman a repórteres em uma coletiva de imprensa em Washington.
Cada um dos 104 reatores nos Estados Unidos foi submetido a testes individuais para calcular riscos locais, como terremotos, furacões, ondas altas, calor extremo ou inundação, como parte das exigências de licenciamento federal.
Em um relatório divulgado em 2008, a Comissão de Energia da Califórnia informa que a usina de San Onofre não tem meios para garantir a segurança em caso de terremoto com magnitude superior a 7,0, o nível esperado quando a usina foi projetada na década de 1960.
A Comissão de Serviços Públicos determinou que empresa proprietária da usina realize uma nova análise de risco dos reatores em caso de terremoto e tsunami antes de renovar a licença de operação, que expira em 2022, informou o San Diego Union-Tribune. O mesmo pedido foi feito à PG&E, que opera a usina de Diablo Canyon.
A empresa entregou seu relatório inicial sobre riscos em caso de terremoto e tsunami à comissão no mês passado, mas o documento não incluía a análise sísmica em três dimensões exigida pelas agências reguladoras.
As duas instalações nucleares estão localizadas acima do nível do mar, em penhascos.
A costa da Califórnia já sofreu com tsunamis no passado. O pior abalo foi o Grande Terremoto do Alasca, em 1964, que chegou a 9,2 na escala Richter. O tremor arrastou 11 pessoas em Crescent City e matou 17 ao longo da costa.
O sul da Califórnia, onde estão as usinas nucleares, é uma área de grande atividade sísmica. No entanto, a região não corre o risco de enfrentar ondas gigantes geradas por grandes tremores, como os do Japão e Alasca, porque sua linha costeira não é tão exposta, explicou Peggy Hellweg, sismóloga da Universidade da Califórnia em Berkeley.
Hellweg também duvida que as falhas próximas às usinas nucleares locais possam gerar abalos da magnitude do sismo no Japão. O sistema de falhas Newport-Inglewood e Rose Canyon, perto da usina de San Onofre, a falha de Hosgri e a falha Shoreline, que foi descoberta em 2008, situam-se perto da usina de Diablo Canyon.
"A magnitude do terremoto depende do tamanho das falhas ininterruptas existentes”, explicou Hellweg ao Discovery Notícias. "O comprimento dessas falhas não é suficiente para gerar um abalo de magnitude oito ou nove”.
Nos últimos dois anos, pesquisadores da Califórnia estão montando um estudo abrangente sobre o risco da ocorrência de tsunamis no estado. A primeira fase do estudo descobriu que a região provavelmente está sujeita a ameaças mais graves de tsunami por terremotos gerados perto da costa do Oregon e de Washington, na chamada zona de subducção da Falha de Cascadia, ou das Ilhas Aleutas, na costa do Alasca.
Outro perigo são os deslizamentos de terra submarinos próximos à costa, afirmou Stephen Mahin, diretor do Centro de Pesquisa de Engenharia de Terremotos no Pacífico, da Universidade da Califórnia em Berkeley.
"Temos penhascos grandes que podem causar tsunamis locais bem maiores que os mais distantes. Mas são bem mais difíceis de prever”, alertou Mahin.

fonte:http://blogs.discoverybrasil.com/noticias/page/4/

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Fóssil pré-histórico pode ter inspirado mitos gregos


Fóssil pré-histórico pode ter inspirado mitos gregos
Photos.com/ThinkStock
Por Rossella Lorenzi
Quinta, 30 de março de 2011
O osso de um grande animal extinto, venerado pelos antigos gregos, finalmente encontrou um lar permanente na Inglaterra.
Conhecido como osso de Nichoria, o fóssil enegrecido é parte do fêmur de um enorme mamífero extinto, que viveu no sul da Grécia há pelo menos um milhão de anos. Encontrado pelos antigos gregos, pode ter inspirado determinadas feras da mitologia grega clássica.
Ele foi redescoberto há quarenta anos atrás, mas desde então, estava desaparecido. "Pensava-se que estivesse perdido até 1998, mas foi encontrado em um porão da Universidade de Minnesota. Ele passou a última década em vários laboratórios do país”, afirma Adrienne Mayor, pesquisadora de História da Ciência e Civilização Clássica na Universidade de Stanford, ao Discovery Notícias.
Curadores do Museu Ashmolean  de Oxford, na Inglaterra, comemoraram a chegada do fóssil histórico. "Esse osso venerável merece ser exibido. É um dos dois únicos grandes fósseis de vertebrados que foram deliberadamente recolhidos na antiguidade e desenterrados por arqueólogos na Grécia”, explica Mayor.
Segundo Mayor, grandes fósseis de espécies pré-históricas, como este osso petrificado, podem ter inspirado muitas feras lendárias da mitologia clássica. O fóssil foi descrito pela primeira vez em seu livro The first fossil hunters (Os primeiros caçadores de fósseis, em tradução livre), publicado no ano 2000.
O livro levanta hipóteses sobre as origens de diversos mitos, demonstrando a existência de fósseis pré-históricos nos mesmos locais onde surgiram histórias fantásticas sobre seres gigantes.
"É provável que os gregos antigos tenham encontrado o osso nos depósitos de lignita da bacia de Megalópolis, conhecida na Antiguidade como ‘Campo de Batalha dos Gigantes’. Ali, a grande concentração de grandes ossos fósseis inspirou a crença de que exércitos inteiros de gigantes brotavam dos raios de Zeus”, explica Mayor.
Talvez reverenciado como o fêmur de um gigante mítico, o osso de Nichoria foi descoberto na antiga acrópole de mesmo nome entre 1969 e 1975 por arqueólogos da Expedição de Messênia e Minnesota.
O fato de ter sido cuidadosamente guardado na acrópole, que ficava a cerca de 55 quilômetros dos depósitos de lignita, demonstra que os antigos gregos nutriam grande interesse em fósseis.
"O fóssil reforça a hipótese de que os antigos gregos já haviam descoberto tais espécimes e lhes atribuíam um significado”, disse Hans-Dieter Sues, cientista e curador de paleontologia dos vertebrados no Museu Nacional de História Natural Smithsonian, em Washington, D.C.
Identificado em 1978 como o fêmur do "elefante do Plioceno", o osso ficou perdido durante duas décadas. Redescoberto em 1998 no Laboratório de Arqueometria da Universidade de Minnesota, Duluth, não foi catalogado até Mayor reconhecer sua importância.
Ela levou o fóssil ao Museu de História Natural em Nova York, onde foi examinado pelo  paleontólogo Nikos Solounias, um especialista em fósseis gregos entre os períodos Mioceno e Holoceno.
Solounias identificou que o osso correspondia à extremidade distal do fêmur de um rinoceronte lanoso, ou provavelmente de um grande herbívoro denominado chalicotherium, e datava do Pleistoceno, entre 2 milhões e 10 mil anos atrás.
Segundo Solounias, a cor escurecida do osso fossilizado indica que pode ter sido retirado dos depósitos de lignita perto da antiga cidade de Megalópolis. Levado pelos antigos gregos à acrópole ensolarada de Nichoria, e depois desenterrados dois milênios depois, o osso viajou bastante na última década.
Da Grécia, atravessando o Mediterrâneo e o Atlântico, ele foi para Minnesota, depois para o leste de Princeton, Nova Jersey e Nova York, onde foi identificado por paleontólogos. Depois seguiu para Bozeman, Montana, onde restauradores do Museu das Rochosas o estabilizaram para evitar futuras rupturas.
"Em seguida, ele foi transportado para Palo Alto, na Califórnia, onde descansou em minha mesa enquanto eu procurava um lar adequado em um museu conceituado”, disse Mayor.
O fóssil finalmente chegou ao seu destino há alguns meses: o Museu Ashmolean de Oxford, onde será exibido na Galeria de Antiguidades Gregas e Romanas.

fonte:http://blogs.discoverybrasil.com/noticias/page/2/

Aquecimento global altera troca de calor no oceano



 
Simulação da Temperatura de Superfície do Oceano (SST, na sigla em inglês) mostra a Corrente de Agulhas na costa sul da África do Sul (NOAA).
Sexta, 27 de abril de 2011.
Ao observar o Atlântico em um mundo cada vez mais quente, climatologistas acreditam que o noroeste da Europa e Estados Unidos teriam uma pausa refrescante nas alterações da circulação oceânica, desencadeadas pelo aumento do derretimento do gelo no Ártico.
Não tão rápido, dizem os oceanógrafos: as temperaturas em elevação registradas no Oceano Índico, na extremidade sul da África, podem muito bem contrabalançar o efeito do derretimento no Ártico, fazendo com que as regiões do Atlântico Norte sofram em cheio com a tendência de aquecimento mundial.
Uma análise da oceanógrafa Lisa Beal, da Universidade de Miami, e colegas internacionais, publicada na nova edição da revista Nature, evoca a famosa observação de um grande naturalista do século XIX, John Muir: "Quando alguém arranca uma única coisa da natureza, descobre estar ligado ao resto do mundo".
Em relação ao Hemisfério Norte, os pesquisadores pensavam que o aumento do ritmo de derretimento do gelo ártico aumentaria o fluxo de água doce no Atlântico Norte. Isso alteraria o equilíbrio com a água mais salgada e densa que é arrastada para o norte pela Corrente do Golfo, restringindo a submersão ou a ação contrária ao norte da grande circulação termohalina oceânica. A reação em cadeia resultaria em um Oceano Atlântico mais frio, que resfriaria o nordeste dos Estados Unidos e da Europa.
Sob a perspectiva do Hemisfério Sul, Beal e seus colegas vêm estudando um fluxo importante conhecido como Corrente de Agulhas – o equivalente no Oceano Índico à Corrente do Golfo – que carrega a água quente dos Trópicos em direção ao Polo Sul, ao longo da costa sudeste da África. Quando a água mais densa e salgada da Corrente de Agulhas chega à extremidade da África do Sul, grande parte se move em direção ao leste, no giro subtropical do Oceano Índico, mas parte dela "vaza" em redemoinhos que se unem à água mais leve e doce do Atlântico Sul.
"Há evidências de que o vazamento de Agulhas está aumentando em decorrência da mudança climática antropogênica", escreve Beal. "Dados hidrográficos e de satélite mostram uma expansão para o sul do giro tropical do Oceano Índico, e uma tendência de aquecimento no sistema de Agulhas desde a década de 1960".
A água mais salgada e densa do Oceano Índico flui pelo Atlântico Sul; parte dela atravessa o equador e acaba integrando a circulação do Atlântico Norte, onde o relatório de 2007 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) projetou uma tendência de resfriamento.
"Isso pode significar que o atual modelo de previsões do IPCC para o próximo século está errado e não haverá resfriamento no Atlântico Norte para compensar parcialmente os efeitos da mudança climática
na América do Norte e Europa", alertou Beal em uma declaração divulgada pela Universidade de Miami.

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Fonte:
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