quarta-feira, 22 de junho de 2011

MORRE ITAMAR FRANCO



Morre Itamar Franco, o presidente do Plano Real
Vítima de leucemia, o vice que assumiu após o impeachment de Fernando Collor morre aos 81 anos
O ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG) morreu neste sábado aos 81 anos após um acidente vascular na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O senador, que havia contraído uma pneumonia grave durante o tratamento contra leucemia ao qual era submetido desde o dia 21 de maio, era divorciado e deixa duas filhas.
De acordo com o hospital, Itamar morreu às 10h15. O corpo sairá de Congonhas às 7h30 deste domingo, com chegada prevista para as 10h em Juiz de Fora, onde acontece o velório. Na segunda-feira, irá para Belo Horizonte para ser velado no Palácio da Liberdade. Ainda na segunda-feira, o corpo será cremado em Contagem.
Políticos brasileiros lamentaram a morte de Itamar. A presidenta Dilma Rousseff, que decretou luto oficial de sete dias, diz que recebeu notícia da morte com "tristeza" e que senador "deixa trajetória exemplar de honra pública". O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve organizar uma comitiva de parlamentares para acompanhar as cerimônias fúnebres em homenagem ao ex-presidente. A informação foi dada ao iG pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, que confirmou presença na comitiva, os parlamentares devem seguir para Minas Gerais domingo.
O peemedebista assinalou ainda que o Senado deve realizar homenagens a Itamar durante a semana. “O País perde um grande brasileiro, um homem autêntico, que encarava a política com muita seriedade. Ele tinha uma forma peculiar de fazer política, com muita paixão”, disse.
Itamar Franco lança o Plano Real, em 1994, ao lado do então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero - Foto: Arquivo Pessoal
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Foi durante o mandato de pouco mais de dois anos – entre outubro de 1992 e dezembro de 1994 – à frente do Palácio do Planalto que surgiu o Plano Real, programa econômico responsável pela estabilização da moeda. O plano, apresentado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, permitiu o crescimento e o otimismo que o País viveu nas últimas duas décadas.
Ao mesmo tempo em que enfrentava a inflação, Itamar foi alvo da língua afiada de críticos de seu governo, que apelidaram sua gestão de “República do Pão de Queijo”, uma alusão às nomeações de políticos do segundo e terceiro escalões de Minas Gerais, seu berço político, para ministérios em Brasília. Depois do mandato, de volta a Minas, Itamar exibiu um lado genioso ao decretar a moratória das dívidas do Estado.
Com a morte de Itamar, assume sua cadeira no Senado Federal o suplente José Perrella de Oliveira Costa, conhecido como Zezé Perrella, ex-presidente do clube mineiro de futebol Cruzeiro.
Trajetória
Nascido em 28 de junho de 1930 em um barco que ia de Salvador, capital baiana, para o Rio de Janeiro, capital fluminense, Itamar Augusto Cautiero Franco foi criado em Juiz de Fora.
Órfão de pai, teve infância pobre na cidade, localizada a 260 quilômetros da capital mineira, Belo Horizonte. Formou-se em engenharia e eletrotécnica pela Escola de Engenharia de Juiz de Fora, em 1955.
Antes de iniciar sua carreira política, foi auxiliar de estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), topógrafo do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), diretor da Divisão Industrial de Juiz de Fora e do Departamento de Água e Esgoto de Juiz de Fora, eletrotécnico, industrial, engenheiro, servidor público e administrador.
Pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Itamar elegeu-se prefeito de Juiz de Fora em 1966 e 1972. No segundo mandato como prefeito, permaneceu por apenas um ano e deixou o cargo em busca de voos mais altos. Chegou ao Senado pela primeira vez em 1974, sendo reeleito em 1982. Em 1986, disputou e perdeu o governo de Minas para Newton Cardoso, hoje deputado federal pelo PMDB.
Real, Fusca e carnaval
Para candidatar-se a vice-presidente, Itamar filiou-se ao PRN em 1989, ano em que foi eleito na chapa encabeçada pelo ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PRTB-AL). Com o impeachment de Collor, Itamar assumiu a presidência em dezembro de 1992, com inflação anual de 1.100%.
Em 1993, primeiro ano do governo Itamar, enquanto a inflação chegou a 6.000%, ministros da Economia passaram pelo desafio de estabilizar a moeda até que o ministro Fernando Henrique Cardoso apresentou a proposta de implementação do Plano Real. O plano deu certo. Com a inflação em queda, subia a popularidade de Itamar e de Fernando Henrique, eleito seu sucessor.
No mesmo ano, Itamar decidiu incentivar a venda de carros populares no Brasil e, por sugestão do presidente, a Volkswagen retomou a fabricação do Fusca, interrompida em 1986. A comercialização do carro não correspondeu às expectativas e o plano do presidente foi abortado prematuramente. Contudo, o “Fusca Itamar”, como ficou conhecido, até hoje reúne uma legião de apaixonados pelo modelo mais popular da história automotiva brasileira.

No carnaval de 1994, segundo e último ano de seu mandato, o então presidente Itamar Franco foi fotografado no camarote da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, na Sapucaí, ao lado da modelo Lilian Ramos. A surpresa era que a jovem cearense, então com 27 anos, estava sem calcinha. As fotos da morena só de camiseta ao lado do presidente brasileiro foram publicadas em dezenas de jornais e revistas no País e do mundo. Apesar do discurso de escândalo adotado pela oposição, o episódio acabou rendendo uma série inesgotável de comentários bem humorados sobre o presidente.
Itamar inspirou cartunistas e cronistas com sua principal característica física, um topete minuciosamente penteado
De volta a Minas
Depois de deixar a presidência e eleger FHC seu sucessor, em 1994, Itamar foi eleito governador de Minas Gerais pelo PMDB em 1998. Polêmico, ele declarou moratória da dívida do Estado à União, por 90 dias, logo quando assumiu, em janeiro de 1999. Com a medida, ele comprou briga não apenas com o Governo Federal, mas também com outros Estados, temerosos com uma eventual desestabilização econômica.
Saiba mais sobre a trajetória de Itamar Franco
Parte superior do formulário

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Um dos argumentos utilizados por Itamar para declarar a moratória foi o de que a dívida de Minas com a União, à época em R$ 16,2 bilhões, não tinha como ser paga. Cerca de um mês após o comunicado, a União renegociou a dívida de Minas. A medida, entretanto, causou turbulência na sua relação com o então presidente FHC. Itamar também se posicionou contra a privatização de Furnas, à época em que governou Minas.
Quatro anos depois, apoiou a candidatura do hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG), que se tornou governador e foi reeleito também com o apoio de Itamar. Quando terminou seu primeiro mandato no Senado, o ex-presidente tornou-se embaixador do Brasil na Itália, onde morou até 2005, por indicação do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).
Ao regressar para o Brasil, em 2006, após tentativa fracassada de disputar o Senado, Itamar decidiu deixar o PMDB. Ele foi derrotado internamente em convenção por Newton Cardoso, para quem perdeu a disputa ao Governo de Minas em 1986. Candidato ao Senado, Newton perdeu a disputa para Eliseu Resende (PFL, atual DEM).
Em 2009, Itamar filiou-se ao PPS. No novo partido, concorreu novamente ao Senado por seu Estado e venceu, com o apoio de Aécio, derrotando adversários como o atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). Atualmente, possuía grande influência na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O presidente da companhia, Djalma Bastos de Morais, ocupa o posto desde o tempo em que Itamar era governador do Estado. Itamar estava afastado de suas atividades no Senado para tratar-se da leucemia em São Paulo.
* Colaborou Fred Raposo, iG Brasília



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Sem emprego ou perspectivas para o futuro, estrangeiros deixam Europa em 

busca de uma vida melhor


Entre 2003 e 2007, a Espanha recebeu dezenas de milhares de imigrantes, mas a crise econômica que persiste no país está alterando o fluxo migratório. Sem emprego no presente e sem perspectivas para o futuro, os estrangeiros procuram saídas em outros lugares. E o Brasil virou meta para os latino-americanos de baixa formação.


Foto: Gary Manrique/Plataforma Retoprno Sostenible
Com a crise, latinos trocam Espanha por Brasil
De acordo com quatro relatórios que investigam as respostas dos imigrantes diante da crise, o Brasil aparece entre os três destinos preferidos de sul-americanos hispânicos (junto com Estados Unidos e Argentina) como opção para conseguir emprego.
Uma pesquisa da agência de empregos Randstad revelou que 65% dos imigrantes ilegais na Espanha estão pensando ou decididos a trocar a Europa por outro mercado se não encontrarem trabalho até 2012.
Os estudos antecipam um fluxo que já pode ter começado. Em 2010, pela primeira vez nos últimos 35 anos, a Espanha registrou uma taxa de saída de população ativa maior do que a de entrada.
No ano passado, 48 mil imigrantes chegaram e 43 mil estrangeiros retornaram aos seus países de origem, mas 90 mil espanhóis também foram morar no exterior.
O ritmo de redução é tão vertiginoso que em cinco anos o fluxo de chegada pode ser praticamente nulo. Pelas previsões da Fundação de Estudos de Economia Aplicada, se a crise se mantiver como agora, em 2014 chegariam apenas 3 mil imigrantes.
Saídas
Josep Oliver, professor de economia da Universidade Autônoma de Barcelona e um dos autores do Anuário de Imigração da Espanha, do Ministério do Interior, disse à BBC Brasil que “80% dos imigrantes não têm outras saídas além do aeroporto rumo a mercados com melhores opções, como o Brasil, que oferece oportunidades sólidas”.

A pesquisa Mobilidade Laboral, da Randstad, indica que a Espanha perdeu interesse para o trabalhador estrangeiro de baixa formação.
A razão é o perfil destes imigrantes, cujos currículos se limitam a ofícios relacionados a áreas que não se reativam, como serviços e construção.
O setor de construção foi precisamente o que detonou a crise de desemprego. De 2008 a 2010 quebraram mais de 200 mil empresas do ramo, que davam trabalho a 70% dos imigrantes sul-americanos, segundo dados oficiais.
Os estrangeiros entrevistados na pesquisa responderam que querem sair da Espanha, mas temem crises políticas e econômicas na América Latina e só vêem bonança financeira no Brasil, onde criticam a falta de segurança pública.
Mais ainda assim estão convencidos de que se não encontrarem emprego até 2012, o caminho é o aeroporto. Estados Unidos, Brasil ou Argentina, na ordem dos mais votados.
Alta formação
O Brasil também aparece como opção para espanhóis de alta formação.Um estudo elaborado pela consultora Adecco e pela Universidade de Navarra indica que os espanhóis com alto grau de formação e que também foram atingidos pela crise colocam o Brasil como um dos seis destinos preferidos para emigrar por emprego.
O mercado brasileiro é visto como opção para 55% dos entrevistados, junto com Alemanha, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Argentina.
O perfil médio dos interessados em cruzar o Atlântico é de homens, entre 25 e 35 anos, com formações em engenharia, arquitetura, informática, medicina, biologia e investigação científica.
“Que engenheiro ou arquiteto não quer ir para o Brasil, de olho nas obras de infraestrutura? Está tudo por fazer, e agora há também recursos, referências de empresas espanholas já estabelecidas e a abertura ao (idioma) espanhol”, disse à BBC Brasil o professor de Economia da Universidade de Navarra Sandalio Gómez, autor do relatório apresentado em janeiro.
“Essas pessoas entendem que insistir aqui é uma perda de tempo. O Brasil cresce a uma velocidade que nenhum país da Europa pode se comparar”, concluiu.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística confirmam a tendência. Até janeiro de 2011, havia 1,8 milhão de espanhóis morando em outros países; 92.260 no Brasil, um aumento de 10.071 pessoas em um ano no território brasileiro.
Problemas
Mas, apesar das oportunidades, o país perde para outros destinos em vários quesitos. Os entrevistados da pesquisa ressaltam insegurança, falta de serviços públicos de qualidade, instabilidade econômica e jurídica para quem quer criar um negócio próprio e a distância de seus lugares de origem como barreiras a levar em consideração.
O governo espanhol reforça estas conclusões. A diretora-geral do Departamento de Emigração, (que estuda as condições dos espanhóis em outros países), Pilar Pin, define como impedimentos as carências nos sistemas de seguro-desemprego, rede púbica de saúde e educação e a legislação trabalhista.
Em um relatório oficial apresentado em maio depois de uma visita a Brasília, Pin afirmou que o Brasil tem “enorme potencial com seus iminentes eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, além de obras para abastecimento de energia, proteção ambiental e turismo".
Apesar disso, o relatório observa: “A legislação de implantação de empresas no Brasil é restritiva demais. Nossos trabalhadores vão com licença de obra. No final do contrato encontram muitas dificuldades para estabelecer-se por conta própria”.
Mesmo assim, segundo o relatório, as autoridades brasileiras calculam que faltam 1,9 milhão de profissionais de alta qualificação. Uma lacuna que os espanhóis poderiam ocupar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

CRISE NA ESPANHA

RUAS DA ESPANHA:
200 MIL 
CONTRA O ARROCHO 



A indignação das ruas ainda não tem programa, diz Slavoj Zizek. No seu entender, significa que não saberia o que fazer no fatídico 'dia seguinte ' de uma eventual chegada ao poder. Mas a julgar pelo que ocorreu na Espanha neste final de semana, quando 200 mil pessoas tomaram as ruas de Madrid, Barcelona, Valencia , Sevilha etc a indignação já tem um alvo claro a mirar: o Pacto do Euro. "  No, no nos representan!", protestavam os manifestantes espanhóis neste domingo, quando compactos cordões humanos se acercavam dos parlamentos, deixando clara a rejeição ao acordo dos 17 países europeus firmado em março último. Acordo entre aspas. Talvez fosse melhor dizer pacto entre a corda e o pescoço para denominar o que vem sendo tentando desde o início da crise na zona do euro, quando Alemanha e França buscam fixar as condicionalidades para ministrar soro financeiro adicional às economias combalidas (Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda etc). Entre as 'reciprocidades' agora escorraçadas pelas ruas estão cortes e regras restritivas para aposentadorias, cortes de serviços sociais, reajustes salariais vinculados exclusivamente à produtividade, cortes drásticos nos déficits públicos (os mesmos que cresceram porque o setor público, em muitos casos, socorreu a banca privada pega no contrapé da bolha de crédito e especulação). O 'pacto do Euro'  de março já é uma adaptação 'suavizada' da austeridade prussiana requerida no início da crise por Angela Merkel como condição para colocar dinheiro alemão extra no caixa dos governos em dificuldades. O que ninguém previa nos idos de março é que multidões  de pescoços sairiam às ruas para rechaçar as ‘ofertas' da corda, como tem ocorrido com freqüência e intensidade crescentes.Zizek tem razão: não há um programa para ' o dia seguinte', o que representa um flanco histórico perigosíssmo (não por acaso a direita radical venceu as eleições regionais espanholas recentemente e ganhou o governo em Portugal). Ao mesmo tempo, quando o rechaço à espoliação financeira toma as  proporções e a contundência registradas na Espanha e na Grécia a questão é saber se o outro lado tem  legitimidade para esmagar um imaginário social que lhe é francamente hostil. No caso das privatizações impostas  à Grécia, por exemplo, que partido assumirá o ônus de nomear um síndico de massa falida, sabendo de antemão que o sacrifício é, ao mesmo tempo, leonino e  insuficiente, sangrento e inútil? Isso nos próprios termos da lógica insaciável que pretende cortar o déficit público de 12,7% para 3%, a toque de caixa. A semana promete.
(Carta Maior; 2º feira,20/06/ 2011)
Milhares de manifestantes defendem greve geral na Espanha

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Astrônomos observam a gêmea da Via Láctea


Los astrónomos espían a la gemela de la Vía Láctea
Crédito da imagem: ESO
Quinta, 2 de junho de 2011
Talvez você nunca tenha ouvido falar da NGC 6744, uma galáxia a cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra, mas certamente ela lhe parecerá familiar.
A bela galáxia em espiral, localizada na constelação austral de Pavo (Pavão), é praticamente uma cópia da Via Láctea, mas cerca de duas vezes maior.
"Se dispuséssemos da tecnologia para sair da Via Láctea e pudéssemos observá-la de cima para baixo no espaço intergaláctico, veríamos uma imagem parecida com esta: impressionantes braços em espiral, envolvendo um núcleo denso e alongado e um disco de poeira”, escreveu Richard Hook, secretário de imprensa do Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês).
"Há até uma galáxia próxima distorcida, a NGC 6744A, vista aqui como um borrão na parte inferior direita da NGC 6744, que lembra uma das Nuvens de Magalhães, vizinhas da Via Láctea”, acrescentou.
A foto foi tirada pelo instrumento Wide Field Imager, preso ao telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, do Observatório de La Silla, no Chile, ligado ao Observatório Europeu Austral. Foi montada a partir de imagens obtidas por quatro filtros diferentes, representadas aqui em azul, verde, laranja e vermelho.

Movimento de cabos gera energia eólica

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  Crédito: Ashley Jouhar/Getty Images
Por Emad Hanna
Quarta, 15 de junho de 2011.
Engenheiros estruturais sabem que um pouco de vento pode trazer consequências dramáticas a pontes e edifícios altos. Um efeito bem conhecido faz com que os cabos suspensos das pontes oscilem para cima e para baixo. Este fenômeno é observável mesmo em condições de pouco vento, e ocorre quando um cabo cilíndrico distorce o caminho do vento, “erguendo” outro cabo atrás dele. O cabo de guerra entre a ação de elevação do vento e as forças descendentes do peso do cabo criam o chamado “galope”.
Uma equipe de cientistas do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia pretende aproveitar o movimento dos cabos para gerar energia. A ideia é construir dispositivos que captem o efeito de forma controlada. Para isso, criaram um cilindro oscilatório preso a um ímã, que gera uma corrente enquanto os cabos se movem para cima e para baixo.
Segundo a revista New Scientist, um dispositivo de 85 por 5 centímetros foi testado em “velocidades do vento entre 2,5 e 4,5 metros por segundo, quando as tradicionais turbinas eólicas são ineficientes, gerando quase meio watt de energia elétrica”.
A menos que grandes áreas sejam cobertas por tais dispositivos, será difícil gerar uma grande quantidade de eletricidade utilizável, mas a equipe está trabalhando para determinar o tamanho mais favorável dos aparelhos de forma a maximizar a saída de energia. Hyung-Jo Jung, um dos cientistas que trabalha no projeto, destaca que a tecnologia possui algumas aplicações bastante promissoras, como sensores usados para monitorar a saúde estrutural de edifícios. Em vez se conectarem a redes de energia ou usarem sistemas baseados em baterias, os sensores poderiam ser totalmente alimentados por ventos de baixa intensidade.

Que alimentos podem provocar doenças?

Qué alimentos pueden provocar enfermedades
O segredo de permanecer saudável, dizem os especialistas, é conhecer seu inimigo. Foto: Comstock/ThinkStock
Quinta, 9 de junho de 2011
Enquanto agentes de saúde pública tentam encontrar a origem do surto mortal de uma nova cepa da bactéria E. coli na Alemanha, uma lista cada vez maior de doenças e alertas na Europa está alimentando temores em relação aos alimentos em todo o mundo.
Para os consumidores, o surto também levanta dúvidas sobre quais alimentos são mais perigosos e por quê.
No entanto, os especialistas alegam que classificar riscos é muito difícil, em parte pela forma como as estatísticas são formuladas e pelo fato de que a maioria dos casos de doenças ligadas aos alimentos não é comunicada ou investigada. Além disso, qualquer tipo de comida pode ser o vetor de dezena de variedades de bactérias infecciosas. Ainda assim, existem algumas tendências.
Entre os principais vilões, estão a carne mal-cozida, frango e ovos. Hortaliças frescas também são grandes vetores e as principais suspeitas da investigação em curso na Alemanha. Agências de saúde pública alertaram a população para que evite o consumo de brotos crus, tomates, pepinos e folhas verdes cultivados no norte da Alemanha.
No caso de vegetais contaminados, a matéria fecal de animais sempre acaba levando a culpa, já que há fazendeiros que aplicam esterco repleto de bactérias diretamente no solo das lavouras.
Em outros casos, a água de irrigação está contaminada, animais selvagens podem entrar nos campos ou os trabalhadores rurais podem contagiar os alimentos durante atividades de manuseio.
O segredo de permanecer saudável, dizem os especialistas, é conhecer o inimigo.
"Vivemos em um mundo repleto de bactérias", explica Timothy Jones, epidemiologista do Departamento de Saúde do Tennessee, em Nashville. "Às vezes, os epidemiologistas brincam sobre o fato de haver fezes em todo lugar. É um pensamento meio nojento, mas é o mundo em que vivemos”.
A cada ano, um em cada seis americanos adoece por alimentos infectados por bactérias, segundo o Centro de Controle e Prevenção e Doenças (CDC, na sigla em inglês). O CDC registra mais de 1.000 surtos por ano, e um total de 48 milhões de pessoas que desenvolvem sintomas, variando de náusea e cólica abdominal a febre e diarreia severa. Três mil pessoas morrem anualmente por doenças transmitidas por alimentos.
Há outros 31 tipos conhecidos de bactérias, vírus e outros patógenos que infectam os alimentos, mas só um punhado de agentes provoca a maioria dos casos diagnosticados. (Milhões de casos não têm causas conhecidas). A salmonela é a responsável pela maior parte dos casos solucionados, enquanto a A E. coli 0157 provoca os surtos mais graves. Outros patógenos incluem os norovírus, Listeria e Campylobacter.
Cada tipo de agente infeccioso tem seus habitats preferenciais. A Campylobacter, por exemplo, gosta de viver em frangos e outras aves, enquanto a E. Coli 0157 é mais feliz no interior de uma vaca.
Isso explica por que a carne moída tem sido, há tempos, a principal causa de infecções por E. coli 0157, embora a regulamentação mais rígida tenha reduzido a porcentagem de casos. Agora é a vez das hortaliças frescas começarem a partilhar a responsabilidade por disseminar bactérias.
Qualquer tipo de fruta, legume ou verdura pode se contaminar com a E. coli, a salmonela e outros micróbios infecciosos, mas certas variedades têm sido relacionadas com mais frequência aos surtos, tais como brotos, folhas verdes, tomates, a pimenta jalapeño e o melão.
Os brotos são particularmente preocupantes porque a contaminação começa pelas sementes, que são colocadas em água morna para brotarem.
"Os produtos agrícolas correm algum risco de abrigar a E. coli ou a salmonela em suas sementes”, alerta Kirk Smith, supervisor da Unidade de Doenças Transmitidas pelos Alimentos do Departamento de Saúde de Minnesota, em St. Paul. Ele recomenda evitar o consumo de brotos inteiros. "Do contrário, você os estará encubando nas mesmas condições em que as bactérias crescem”.
Quando forem grandes o bastante para o consumo, os brotos apresentam inúmeros recantos e fissuras, que dificultam a esterilização adequada. Mesmo que você os lave vigorosamente, as bactérias podem estar incrustadas no tecido da planta. A mesma coisa pode acontecer com o espinafre, o alface, o tomate e outras hortaliças. Nesses casos, nenhuma limpeza é capaz de elimintar a contaminação.
As hortaliças também são problemáticas porque as comemos cruas. É fácil matar bactérias em ovos e carne, desde que sejam bem cozidos e em temperaturas suficientemente altas, mas ninguém ferve uma cabeça de alface antes de fazer um sanduíche.
Para reduzir os riscos de infecção alimentar, o CDC recomenda lavar as mãos em água morna e sabão pelo menos 20 segundos antes de cozinhar. Evite a contaminação cruzada com facas e tábuas de cortar, e lave bem todas as hortaliças, mesmo as pré-lavadas.
Os únicos alimentos que Smith não come são brotos, carne mal cozida, ostras cruas e sucos e leite não pasteurizados. No entanto, diz ele, apesar de ser importante levar a sério as doenças transmitidas pelos alimentos, é melhor comer frutas e legumes do que evitá-los por medo da contaminação.
"As coisas não são perfeitas e nunca serão. Mas são melhores do que jamais foram na história”, afirma Jones, acrescentando que as 3.000 mortes anuais são estatisticamente insignificantes diante dos bilhões de refeições que são servidas todos os dias no mundo.
"O que mais mata neste país é a obesidade, as doenças cardíacas e o câncer”, pontua. "Por isso, as hortaliças e uma dieta saudável são muito importantes”.

Tumbas do egito e templos: Riscos de saque


Egito
Foto: Museu do Egito ( Cortesia de Wafaa el-Saddik)
Os egípcios estão defendendo corajosamente seu patrimônio cultural, segundo uma declaração de Ismail Serageldin, bibliotecário e diretor da Biblioteca de Alexandria.
“Os jovens se organizaram em grupos encarregados de orientar o tráfego, proteger os bairros e vigiar os edifícios públicos de valor, como o Museu Egípcio e a Biblioteca de Alexandria”, comentou.
“A biblioteca está a salvo graças à juventude do Egito e aos representantes dos manifestantes, que se uniram a nós para proteger os edifícios de possíveis vândalos e saqueadores”, afirmou Serageldin. 
Entretanto, os sítios culturais e arqueológicos ainda correm grandes riscos.
A Margem Ocidental, onde se localizam os templos funerários e o Vale dos Reis, não dispõe de segurança, contando apenas com o apoio dos moradores locais para protegê-los. 
“As antiguidades foram vigiadas pelos moradores a noite toda e nada foi tocado”,  disse Mostafa Wazery, diretor do Vale dos Reis em Luxor.
Segundo Monica Hanna, egiptóloga local, muitos outros centros culturais foram abandonados pela polícia.
“O Museu Copa está desprotegido, assim como partes da Necrópole de Mênfis, ao sul das pirâmides. Só podemos imaginar o que está acontecendo nas zonas mais remotas do Baixo Egito”, declarou Hanna ao Discovery Notícias.
Também há boatos sobre a presença de saqueadores nos armazéns do Conselho Supremo de Antiguidades de Qantara Sharq, assim como em outros armazéns do sul de Saqqara. De fato, houve relatos de grades danos em Abusir e Saqqara.
 “Todas as tumbas seladas foram violadas ontem à noite. Apenas o Museu de Imhotep e os depósitos centrais adjacentes estão sendo protegidos pelos militares. Bandos grandes e organizados estão escavando dia e noite em toda parte”, comentou Hanna.
Atualização: Domingo, 30 de janeiro, 14:40 pm: 
Em uma declaração enviada por fax, o Dr. Zahi Hawass, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, confirmou que um total de 13 caixas foram saqueadas no Museu do Egito, que agora integra a lista dos locais em risco. “Os armazéns e depósitos de Abusir estavam abertos e não pude encontrar ninguém para proteger as relíquias do local. Até agora, não sei o que aconteceu em Saqqara”, escreveu.
“A leste de Qantar, no Sinai, temos um grande armazém que contém antiguidades do Museu Port Said. Infelizmente, um grupo muito numeroso e armado entrou com um caminhão no depósito. Eles abriram as caixas e levaram objetos preciosos”, denunciou Hawass, acrescentando que saqueadores também tentaram invadir o Museu Copta, o Museu das Joias Reais, o Museu Nacional de Alexandria e o Museu El Manial.
“Por sorte, os funcionários do Museu das Joias Reais conseguiram transportar todos os objetos para o sótão e o selaram antes de sair”, comentou Hawass.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Explosão Solar

 

Rara explosão solar pode prejudicar telecomunicações

Maior tempestade solar desde 2006 pode causar panes a partir da tarde desta quarta. Veja vídeo acima:




Foto: NASA/ Solar Dynamics Observatory
Explosão solar dispersou partículas que cobriram quase metade da superfície solar
Equipamentos da agência espacial americana registraram na madrugada de hoje (7) uma grande explosão solar que poderá perturbar a atividade de satélites, telecomunicações e redes elétricas a partir de quarta-feira (8).

A grande nuvem de partículas cresceu rapidamente e se dispersou parecendo cobrir uma área quase do tamanho da metade da superfície solar. Segundo o serviço de meteorologia dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês), desde 2006 não se via uma tempestade solar deste tamanho.

As labaredas solares ocorrem logo no começo do evento como uma pequeno flash de luz. Um material escuro, o filamento da erupção, é emitido e se expande por uma grande área da superfície solar. A raridade desta explosão solar está justamente no tamanho de sua expansão.

O Solar Dynamics Observatory (SDO), da NASA, observou o pico das atividades solares às 2h41 (horário de Brasília), as imagens foram captadas riqueza de detalhes. A equipe do SDO classificou a explosão solar como um "espetáculo visual". As partículas resultantes da explosão, que se movimentam pelo espaço a 1400 km/s. Segundo comunicado do NWS, o fenômeno pode provocar uma tempestade magnética de pequena a moderada, a partir das 15h, horário de Brasília. Ela pode causar problemas nos sistemas de GPS, obrigando aviões a modificar suas rotas ao sobrevoar regiões polares.
As explosões na superfície do Sol têm causado preocupação entre os cientistas. O astro tem ciclos de atividade a cada 11 anos, e ele estaria entrando num período de pico entre 2011 e 2012.

domingo, 12 de junho de 2011

Terremotos elevam a natalidade - Superinteressante

Ciência Maluca

Terremotos elevam a natalidade

por Thiago Perin
Uma pesquisa da ONU constatou que a taxa de fertilidade no Haiti triplicou após o terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010. Tudo porque, com os hospitais destruídos pela tragédia, a oferta de contraceptivos diminuiu. E, além de contarem com menos preservativos, os sobreviventes teriam passado a fazer mais sexo - como forma de lutar contra o estresse.