No dia da abertura de Assembleia Geral, líder terá reuniões com Abbas e Netanyahu em busca da retomada de negociações
Foto: AP
Palestinos participam de manifestação a favor da adesão de seu Estado à ONU na Cisjordânia
"O presidente dirá privadamente o que dirá em público: que os EUA não acreditam que esta seja a melhor forma de tornar realidade as aspirações palestinas", afirmou o assessor-adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes. "Não há atalho para a paz".
Os governos israelense e americano dizem que o reconhecimento do Estado palestino deveria se dar por meio de negociações diretas, e que o pedido palestino à ONU inviabilizará o processo de paz do Oriente Médio. Os palestinos dizem que se viram obrigados a recorrer à ONU devido à paralisação das negociações com Israel.
Obama quer evitar que a questão chegue ao Conselho de Segurança - onde as adesões precisam ser aprovadas - porque o uso do poder de veto acarretaria graves riscos políticos para os EUA num momento de turbulências políticas no Oriente Médio.
Na reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Obama deve discutir formas de dissuadir Abbas, além de pressionar o israelense a melhorar suas relações com Egito e Turquia, dois importantes aliados islâmicos dos EUA na região.
Protesto
Para marcar a abertura da Assembleia Geral da ONU, milhares de palestinos fazem manifestações em diversas cidades da Cisjordânia. Cerca de 15 mil palestinos estão concentrados na praça Yasser Arafat em Ramallah para reivindicar que a Palestina se torne o Estado 194 da ONU.
A maior praça da capital administrativa palestina está repleta de homens, mulheres e crianças que agitam centenas de bandeiras e pedem que a comunidade internacional reconheça o "direito dos palestinos à dignidade e à sua terra".
A praça está decorada com grandes cartazes com o lema "ONU Estado Palestino 194" e imagens do histórico líder palestino Yasser Arafat e de Abbas.
"É nosso direito após tanto tempo, não só para ter o nome de Estado, mas também para recuperar a dignidade que tentaram nos roubar e que defendemos durante 64 anos", afirmou a governadora de Ramala, Laila Ghannam, em discurso na praça.
No evento, o secretário-geral da Presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Tayyip Abderrahim, alertou que os palestinos não desistirão de lutar por seus direitos.
Com AP, Reuters e EFE
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