Por Tim Wall
Durante o frio do outono, muita plantas se preparam para sobreviver aos longos e gélidos meses do inverno. Mas durante os eventos da Terra Bola de Neve, algas fotossintéticas teriam sobrevivido a invernos globais que duraram vários milhões de anos.
Entre 550 a 800 milhões de anos atrás, a Terra congelou. O gelo e a neve recobriram o planeta duas ou três vezes ao longo de aproximadamente 10 milhões de anos em cada episódio.
"Sob tais condições glaciais, há poucas ocorrências de incidência de luz e água em estado líquido em uma grande área, e ambas são necessárias à sobrevivência das algas fotossintéticas”, afirma Adam Campbell, doutorando da Universidade de Washington, em um release sobre sua pesquisa, publicada no periódico científico Geophysical Research Letters. Ainda assim, existem fósseis dessas mesmas algas antes e depois do grande congelamento.
Campbell acredita que um estreito e vasto corpo de água ligado ao oceano pode ter protegido as algas, enquanto o restante da Terra estava mais para o glacial planeta Hoth, de O Império Contra-Ataca (sem os wampas, as criaturas de gelo).
O Mar Vermelho é um exemplo moderno desse tipo de corpo de água: seu comprimento é 6,5 vezes maior que sua largura e está ligado ao Oceano Índico. Um mar tão extenso durante o período da Terra Bola de Neve pode ter reduzido significativamente a quantidade de gelo sólido.
"Os resultados iniciais da pesquisa mostram que esses canais ficaram relativamente livres do espesso gelo glacial durante o evento Terra Bola de Neve”, afirmou Campbell.
Outro motivo para Campbell comparar o Mar Vermelho ao canal que abrigava as algas ancestrais é o fato de ter sido formado por fissura continental, o mesmo processo tectônico da Terra Bola de Neve.
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