Crédito da foto: AP Images
Você já deve ter visto o vídeo do YouTube, com o título Kony2012, ou as hashtags # StopKony no Twitter e links em posts no Facebook.
A Invisible Children, uma organização sem fins lucrativos, produziu o vídeosobre senhor da guerra de Uganda. Da noite para o dia, Joseph Kony ganhou fama nos Estados Unidos e suas ações em Uganda causaram revolta. Alguns criticaram a divulgação do vídeo, mas especialistas elogiaram a ideia, segundo artigo publicado no Yahoo.com.
Mas quem é Joseph Kony?
Nascido em Uganda, Kony é o líder do Exército de Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês). Durante anos, o grupo rebelde sequestrou crianças no norte de Uganda, usando os garotos como soldados e estuprando as meninas.
Calcula-se que Kony tenha sequestrado 66 mil crianças e assassinado dezenas de milhares de pessoas, a maioria parentes das crianças raptadas.
Desde que foi indiciado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional, em 2005, por 33 acusações que incluem assassinato, escravização, estupro, pilhagem e recrutamento ilegal, ele fugiu de Uganda e seu paradeiro é desconhecido. O LRA agora opera na República Democrática do Congo, no Sudão do Sul e na República Centro-Africana, e seus membros foram reduzidos a centenas.
"Kony é um monstro. Merece ser processado e enforcado", declarou o coronel Felix Kulayigye, porta-voz do exército de Uganda, à Associated Press.
Depois do indiciamento, Kony saiu de seu esconderijo para firmar um acordo de paz, do qual desistiu em 2008.
O LRA é um braço do grupo rebelde liderado por Alice Lakwena, que afirmava ter sido possuída por espíritos que a incitavam à guerra, segundo o New York Times. Quando Kony assumiu o poder, anunciou ser o novo canal de comunicação dos espíritos.
Segundo relatos de reféns que conseguiram escapar à BBC, Kony dizia que as ordens de batalha lhe eram ditadas pelo Espírito Santo. O guerrilheiro teria cerca de 60 esposas.
Os EUA vem trabalhado com tropas Uganda e da República Centro-Africana para combater o LRA, o que pode ter contribuído para a dispersão do grupo na região.
Okot Jolly, diretora da organizaçaão Invisible Chidren em Uganda, foisequestrada pelo grupo que viria a formar o LRA em 1986, quando ela tinha 18 anos, e obrigada a fazer sexo.
O vídeo destaca a história de um menino-soldado chamado Jacob, hoje em liberdade, e exige providências contra as atrocidades.
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