sábado, 15 de outubro de 2011

Física derruba mitos do beisebol

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Crédito: Getty Images.

Quando um jogador de beisebol se aproxima da base do rebatedor, precisa ter física a seu favor para marcar um ponto. Mas a feliz colisão entre a bola e o bastão depende de muitos fatores complexos.
Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Ciência Esportiva da Universidade do Estado de Washington explora a complicada relação entre a bola e o bastão de beisebol, derrubando alguns dos maiores mitos do esporte.
Como esclareceu um artigo recente no American Journal of Physics, as bolas e os bastões geralmente mantêm uma relação física não elástica, o que significa que a energia cinética enquanto estão em movimento não se mantém depois da colisão.
Mas isso certamente não impede que se façam ajustes nas bolas e bastões para aumentar a elasticidade de sua parceria. O segredo é fazê-lo dentro das regras, é claro.
Por exemplo, quando o astro da liga principal Sammy Sosa foi flagrado com um bastão de madeira repleto de cortiça em 2003, acreditava-se que substituir o recheio do bastão com um material mais leve, como a cortiça, possibilitava que as bolas fossem lançadas a uma distância maior.
Mas durante os testes, os cientistas não conseguiram confirmar isso. Ao contrário, eles perceberam que o coeficiente de restituição (CR) das bolas e bastões, uma comparação entre as velocidades dos objetos antes e depois da colisão, permaneceu similar ao longo dos testes, já que a troca de energia entre os dois materiais foi praticamente a mesma. Há outra razão para os jogadores preferirem bastões de cortiça. Como são mais leves, os jogadores podem girar mais rapidamente, o que pode ocasionar um contato melhor com a bola, e mais pontos no jogo. Neste caso, a distância não é a vantagem, mas a velocidade do giro.
Os pesquisadores também compararam bolas de beisebol da década de 70 com as de 2004, e encontraram pequenas diferenças entre seus coeficientes de restituição, apesar das reclamações de que as bolas modernas seriam mais comprimidas para se tornarem mais elásticas.
A equipe de pesquisadores também avaliou se a temperatura e a umidade afetam a física do jogo. Para isso, estudaram bolas manipuladas em condições controladas de umidade, para impedir que fossem lançadas a distâncias maiores em locais altos, como o estádio Coors Field, nas Montanhas Rochosas, no Colorado. Embora outros mitos do beisebol continuem de pé, a equipe confirmou em uma pesquisa anterior que a umidade e a temperatura reduzem o coeficiente de restituição das bolas e reduz sua velocidade.
Vídeo da Universidade do Estado de Washington:
 

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